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Edição 726

Padre Simão e o “desafio encorajador” da missão

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“Depois de 18 anos em preparação para ser missionário, para encontrar novas culturas e desafios, quando cheguei a Moçambique pensei: ninguém me disse que era assim. A realidade é tão diferente da nossa”. Foi desta forma que o padre Simão Pedro começou por descrever a sua experiência em Moçambique, onde esteve em missão durante oito anos.

Em entrevista à Agência Ecclesia, o sacerdote trofense, que é missionário da Consolata e que desde os 11 anos sonhava partir em missão, encarou-a como uma forma de “salvar a vida de pessoas que, de outro modo, teriam falecido”.

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Depois de perceber que estava tentado a “querer ensinar, com 27 anos”, Simão Pedro confessou que, naquele país, a primeira coisa que lhe ensinaram foi “a humildade”. “Quando nos vamos inculturando, vamos percebendo a grande riqueza do povo”, defendeu, sem esconder o “desafio encorajador” que o ajudou a adaptar-se às muitas diferenças com que se deparou em Moçambique.

“As dificuldades na economia, saúde e educação são grandes, mas é uma grande oportunidade para pôr o Evangelho em prática. Nos países onde há falta de estruturas temos também esse papel de desenvolver escolas, hospitais, centros de apoio”, sublinhou.

Atual presidente dos Animadores Missionários dos Institutos Missionários Ad Gentes – ANIMAG, o padre Simão Pedro está envolvido na organização de um ciclo de conferências missionárias, dedicado ao tema “A falta que um rosto faz”. Outubro é o mês que, desde há 54 anos, a Igreja católica dedica às missões, com o objetivo de “lembrar” a “vocação inicial, de levar Jesus a todo o mundo”.

Este ano, as celebrações serão feitas com a pandemia de Covid-19 como pano de fundo. “Neste momento que vivemos, a tempestade que vivemos é inesperada e realmente estamos a sentir a falta e proximidade do rosto do outro. É uma oportunidade para repensar que sem o outro não fazemos sentido, deixamos de ter sentido. É em relação com o outro que ganhamos valor”, explicou o sacerdote.

O ciclo de conferências resulta de uma parceria dos Institutos Missionários Ad Gentes (IMAG) e dos ANIMAG, em colaboração com as Obras Missionárias Pontifícias (OMP).

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