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Ano 2008

Edil de S. Mamede viveu momento “indiscritível” com nascimento do concelho

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Modesto TorresModesto Torres afirmou que no plano das assembleias de freguesia, “S. Mamede foi a primeira freguesia que se manifestou favoravelmente quanto ao concelho da Trofa. Este foi o grande passo para que o concelho da Trofa fosse uma realidade”.

 Modesto Torres foi uma das vozes do descontentamento trofense. O presidente da Junta de S. Mamede do Coronado sentiu “as dificuldades” na gestão de uma freguesia “esquecida” pela Câmara Municipal de Santo Tirso e mesmo sem estar inicialmente “de corpo e alma no movimento da criação do concelho” acabou por abraçar a vontade da maioria das freguesias que compunham a parte ocidental do concelho tirsense.

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Em entrevista ao NT/TrofaTv o autarca explicou a hesitação inicial dos mamedenses com a vontade “já antiga de voltar a pertencer ao concelho da Maia”. Depois de saber da existência do movimento e de analisar “os prós e os contras”, Modesto Torres constatou que seria “interessante” fazer parte do novo concelho, não só “pela empatia entre as pessoas da Trofa, mas também pela possibilidade da Vila do Coronado se tornar no segundo pólo de desenvolvimento”, facto que nunca se poderia verificar em Santo Tirso.

Em momentos de reflexão e no meio da “guerra” Trofa-Maia a edilidade mamedense foi aliciada com algumas promessas, mas a “sinceridade” do presidente maiato, Veira de Caravalho, acabou por ser fundamental para o desenrolar dos acontecimentos: “disse-me que se quisesse que a freguesia progredisse tinha que aderir ao concelho da Trofa”, afirmou Modesto Torres.

O autarca não deixou de afirmar que no plano das assembleias de freguesia, “S. Mamede foi a primeira freguesia que se manifestou favoravelmente quanto ao concelho da Trofa. Este foi o grande passo para que o concelho da Trofa fosse uma realidade”, sublinhou.

Essa assembleia, “em Abril de 1998” foi preparada de forma especial: “convoquei-a para o salão paroquial para que as pessoas pudessem assistir de uma forma cómoda. Mesmo assim surgiram opiniões que defendiam a reintegração no concelho da Maia”, recordou.

“Indescritível” foi o adjectivo utilizado pelo autarca para definir o sentimento vivido junto dos cerca de 10 mil trofenses que viajaram à capital lisboeta. Este dia marcou uma das “maiores alegrias” de Modesto Torres, uma das pessoas que “o presidente da assembleia Almeida Santos mandou calar” depois da aprovação do concelho.

Para o autarca “ainda há muita gente agarrada à dualidade de critérios demonstrada pelo Partido Socialista neste processo. É bom que, de uma vez por todas, comecem a digerir o concelho. O sofrimento já lá foi, agora temos que dar as mãos para a construção de um concelho da Trofa próspero”.

 

Autarca continua a defender desenvolvimento sustentado

 

Depois do constrangedor estatuto de “freguesia de terceiro mundo” S. Mamede conseguiu, com o nascimento do concelho, “começou a ser beneficiada”. “Ao nível do parque escolar teve uma melhoria de charneira, assim como nos arranjos urbanísticos, nas repavimentações de muitos caminhos, que antigamente eram de terra batida e quase impossível passar”.

Mesmo não estando totalmente como quer, Modesto Torres frisa que a freguesia “está num rumo de crescimento” e no seu discurso voltou a sublinhar que pretende “um desenvolvimento sustentado. Hoje está a ser feito um centro social em S. Mamede, se calhar um dos centros sociais que mais impacto vai causar no concelho da Trofa. Há a rede de gás, o saneamento básico e o abastecimento de água. Estou a falar em obras que as pessoas normalmente não notam, mas sem elas não há qualidade de vida”.

Ao nível de saneamento S. Mamede já tem uma cobertura “de cerca de 50 por cento”, e a perspectiva para o próximo ano é a de atingir os 90 por cento.

Para o futuro de S. Mamede do Coronado Modesto Torres enumera obras como “um posto da GNR, uma secção destacada dos Bombeiros Voluntários da Trofa, uma biblioteca e um amplo salão para eventos”.

Para além disso o autarca manifestou o desejo de ver na freguesia “de uma piscina para que as pessoas não tivessem que se deslocar e fazer oito quilómetros”.

Sem pensar em “obras megalómanas”, o edil considera que S. Mamede deve manter há a matriz de uma freguesia mista entre a urbanidade e a ruralidade.

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