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Ano 2008

LOCALIZAÇÃO DO CENTRO CÍVICO – Decisão importante

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em

Afonso paixao

Afonso PaixãoA localização dos Paços do Concelho e, por consequência, do Centro Cívico, é uma das decisões mais importantes e, por isso, devia merecer a atenção de todos.

Trata-se duma escolha estruturante para a cidade e para o concelho e os contributos de cada um devem ser pensados em termos de futuro e não em função de conjunturas políticas ou sociais, ou de qualquer outra natureza.

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Considero importante a escolha da localização e não tanto do projecto para cada um dos locais porque, daqui até à sua feitura, muitos problemas haverão de se colocar, tal é a importância da construção e respectiva envolvente. Acredito que os estudos apresentados sofrerão, necessariamente, alterações em função dos terrenos, suas características, das condições em concreto e da própria opinião pública.

Desde há muito tempo que defendo a zona da serração da capela, admitindo uma intervenção qualificadora no terreno da antiga feira porque não acredito que algum conterrâneo queira ver aquele espaço ficar como está neste momento.

Acredito que uma integração dos actuais parques com o novo espaço será um grande benefício para o Centro Cívico, pela função qualificadora – criação da primeira centralidade na Trofa – e requalificadora – pela recuperação de espaços degradados.

Não perfilho a ideia de novas centralidades, tal como ela é entendida para esta situação. Penso que se trata duma megalomania que em muito prejudicará a Trofa. Nunca tivemos um centro com a dignidade necessária e já estamos a pensar em alargar.

Alargar o quê? Criar uma série de pequenos centros dispersos, desgarrados e, na sua maioria, abandonados? Uma espécie de grupo de aldeias sem consistência e sem dignidade urbana? Porque não aproveitar e melhorar toda a estruturação existente conferindo-lhe a dignidade de que carece?

Seria útil que colocássemos os olhos em muitas cidades e víssemos as consequências das tais novas centralidades. Centros das cidades desertos, degradados, abandonados. Espaços que foram vivos são hoje espaços degradados, com tudo a cair e entregues a frequentadores pouco abonatórios. Esses espaços foram vítimas das teorias das novas centralidades.

As novas centralidades justificam-se quando os centros estão saturados, o que não é o caso da Trofa.

Os problemas de trânsito solucionam-se com vias alternativas que tanta falta fazem à Trofa e não com falsas soluções que só agravarão os problemas para futuro e criando novos problemas de que hoje ainda não sofremos.

Se é verdade que a zona da serração da capela, ou da capela, como alguns lhe chamam, é a minha preferida, não significa que seja a única. Há mais soluções urbanas e a zona da estação é uma delas.

A zona da estação é outra das zonas que considerei aceitáveis para os Paços do Concelho. Tem, na minha modesta opinião, o inconveniente de ser um espaço demasiado exíguo. Isto é: cabem lá os Paços do Concelho mas duvido que lá caiba o Centro Cívico. Estamos a falar de quatro mil metros quadrados, enquanto na zona da serração da capela temos mais de vinte mil metros quadrados. Só a serração deve ter quase dois hectares. Há uma diferença grande de espaço: cinco para um, ou próximo disso.

Se não concordo com megalomanias, também receio espaços demasiado pequenos porque não nos permitem uma praça do Município com dimensão suficiente. Fora isso, o local tem dignidade urbana e tem transportes para as pessoas das restantes freguesias.

Os terrenos da antiga Feruni, e sem menosprezo para quem lá vive (são meus conterrâneos), têm muitos inconvenientes: é uma zona industrial, com comércio de periferia e custaria uma fortuna ao erário público.

Aquela zona é muito húmida, obrigaria a drenagens que causariam problemas a poente que receberiam, inevitavelmente as águas drenadas. Em anos chuvosos aumentariam as inundações a poente.

Não me parece que seja a última vez que escrevo sobre este assunto. É de tal modo importante que todos nos devemos interessar.

Afinal, trata-se da nossa terra e os que pretendemos cá permanecer, devemos querer sempre o melhor, independentemente de conjunturas.

 

 

 

 

Afonso Paixão

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