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Ano 2006

O que os outros não falam sobre o Metro

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Na sequência da intervenção regular que o Partido Comunista tem de contacto com as populações e de intervenção nas instituições, foi apresentado na Assembleia da República um requerimento sobre o Metro que passou ao lado de toda a comunicação social. Foi na resposta a este mesmo requerimento que o Governo assumiu formalmente a intenção da empresa Metro do Porto de não prolongar a linha até ao nosso concelho na primeira fase.

Todos os jornais (locais e nacionais) fizeram disto um assunto da maior relevância. Todos os Partidos tomaram posição em função do trabalho e da intervenção desenvolvida pelo PCP. Todos os comentadores e os colunistas (afectos aos vários Partidos) diziam achar mal que o Metro não viesse para a Trofa na primeira fase.

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Então que responsabilidades têm os Partidos neste processo todo?

toga_passe_peq.jpgPorquê que o PSD e o CDS quando estiveram no governo não criaram as condições (de financiamento) para que o Metro viesse mesmo até à Trofa?

Porquê que o governo PS, antes e agora, não resolveu este problema?

O que fez o trofense, João Sá, que foi presidente da CCDR-N antes de ser vereador da Câmara de Matosinhos para ajudar a que o governo resolvesse este problema da maior importância em termos de mobilidade para a Área Metropolitana do Porto?

E o presidente da Câmara da Trofa que nunca denunciou o papel dos governos do seu Partido ao atrasar a resolução deste problema?

E o PSD/Trofa que agora promove Jorge Costa, ex-Secretário de Estado da Obras Públicas do Governo PSD/CDS que é também ex-Vereador do Valentim Loureiro em Gondomar, ao fazer visitas com ele ao nosso concelho para ver os problemas que ele próprio ajudou a que não fossem resolvidos?

 

Podem as concelhias do PS e do PSD fazer os comunicados que quiserem, mas estão a encapotar o cerne da questão enquanto não denunciarem as responsabilidades dos seus partidos no governo pela não definição de financiamento para a obra do Metro até à Trofa.

 

Nesta matéria o PCP mostrou mais uma vez lucidez na análise e na proposta. Além do mérito do seu trabalho ao fazer com que o governo falasse o que se estava a passar, a comissão concelhia da Trofa do PCP propõe agora o alargamento da rede ANDANTE até à Trofa.

Conseguindo isto a Trofa garante mais um passo na integração metropolitana e facilita a vida a muitas centenas de trofenses que diariamente estudam ou trabalham no Porto e podem desta forma usar um único passe que lhes permite acesso ao comboio, autocarros e ao Metro.

Com a concretização desta reivindicação dos comunistas trofenses é garantida igualdade entre os cidadãos da Trofa e os cidadãos dos outros concelhos da Área Metropolitana do Porto que já estão integrados na rede ANDANTE, nomeadamente a Maia, Valongo, Gondomar, Porto, Matosinhos, Póvoa de Varzim, Vila do Conde e Gaia.

 

Enquanto outros partidos esperam mais três anos até termos eleições autárquicas, o PCP prossegue o seu trabalho justificando assim os votos que recebeu do nosso povo.

 

 

Jaime Toga

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