Ano 2007
Lateral emprestado ao Trofense foi a hasta pública
O leilão realizado na passada segunda-feira e que colocava em hasta pública o passe de sete jogadores do Boavista, um dos quais Nuno Pinto, atleta emprestado ao Clube Desportivo Trofense, revelou-se completamente infrutífero, face à ausência de licitações.
Depois do fracasso do leilão, o representante da 4.ª Repartição de Finanças do Porto revelou que o passo seguinte "será a negociação particular" e que permite a apresentação de uma proposta, sem base de licitação, por qualquer pessoa ou entidade. Mesmo assim, o Boavista, que indicou os passes de Essame, Mário Silva, Gilberto, Hugo Monteiro, Marquinho, Ricardo Silva e Nuno Pinto ao Fisco como garantia de pagamento de uma dívida de 1,180 milhões de euros, pode pagá-la e reaver todos os direitos destes atletas. Caso a dívida se mantenha, um encarregado das Finanças deve actuar junto de clubes para encontrar ofertas, que deverão ser aceites pelo Fisco.
Em declarações ao Correio da Manhã, Nuno Pinto, que tem o seu passe no valor de 525 mil euros, revelou todo o seu descontentamento relativamente a este assunto e afirmou que soube da penhora "apenas pelos jornais". O atleta, que está emprestado ao Trofense desde o início da época, mostrou-se incomodado com a situação: "se pudesse comprar o passe, comprava! Mete-me confusão ser vendido como um produto, até porque estou feliz no Trofense".
Juntamente com o lateral, Hugo Monteiro tem o segundo passe mais caro do grupo de atletas que o Boavista apresentou ao Fisco, ou seja, 525 mil euros, seguido de Essame, que tem o seu passe avaliado em 560 mil euros.
Apesar de ter uma palavra a dizer no que diz respeito à escolha do seu local de trabalho, o atleta terá o seu passe fica nas mãos de quem o adquirir, pelo que os seus direitos desportivos poderão ficar nas mãos de qualquer pessoa, contradizendo as indicações da FIFA, que afirmou que apenas jogadores e clubes serem detentores dos passes.
Os jogadores do Boavista tem dois meses de salários em atraso e podem, com toda a legitimidade, rescindir os seus contratos, o que não significa que as penhoras terminem. Isso só poderá acontecer, caso os atletas ajam judicialmente contra o clube, no sentido de desvinculação total do Boavista.
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