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Edição 651

Crónica: Um português para o lugar do socialista xenófobo e racista

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Num passado não muito longínquo, o caso “Dijsselbloem” (o político holandês que teve a desfaçatez de fazer afirmações disparatadas) fez correr muita “tinta”. Este político afirmou que “eu não posso gastar o meu dinheiro todo em aguardente e mulheres e pedir-lhe de seguida a sua ajuda”, só que em política, o que parece é, e o que ficou para a história é que afirmou “não se pode gastar o dinheiro todo em copos e mulheres e depois pedir ajuda”, querendo referir-se aos povos do sul da Europa,
Este ministro das finanças da Holanda e ainda presidente do Eurogrupo, desde o início do ano de 2013 até janeiro de 2018 é um socialista xenófobo, racista e mentiroso, pois o nome de Dijsselbloen já tinha saltado para as capas dos jornais, quando há uns tempos atrás foi descoberta a mentira que cometeu, em virtude de não ter concluído o Mestrado, mas o grau de Mestre constava da sua biografia oficial, pois o que obteve foi a licenciatura em economia agrícola.
Com a declaração bombástica que proferiu, Dijsselbloem pretendeu criticar a forma de viver dos povos do sul da Europa afetados pela grave crise económica e pela crise da dívida pública da Zona Euro, o que originou um coro de protestos nos países desta região, que se insurgiram contra as suas afirmações. Foram muitas as vozes, de todos os quadrantes políticos, que se levantaram contra este político energúmeno,
Numa audição no Parlamento Europeu, com uma enorme falta de humildade recusou-se a pedir desculpa pelas declarações que proferiu. Aliás como já se tinha recusado a retratar quando foi descoberta a “marosca” do Mestrado, mesmo depois do desmentido da Universidade Colegge Cork e da National University of Ireland, onde afirmou que obteve o falso grau de Mestre.
As palavras deste político socialista holandês xenófobo, racista e mentiroso deram origem a diversas reações de indignação, mas continuou a exercer a presidência de um organismo como o Eurogrupo até ao limite do seu mandato, mesmo depois do grupo dos socialistas europeus a que pertence terem exigido que Dijsselbloen fizesse um mea culpa e abandonasse os cargos. Não se demitiu, não foi demitido, não abandonou os cargos, não fez mea culpa. Muito estranho ou nem por isso!
Mesmo sendo um organismo informal criado em 2005, o Eurogrupo reúne mensalmente os ministros das finanças para coordenarem as políticas económicas, monetárias, orçamentais e estruturais dos 19 Estados-Membros da Zona Euro. A partir do próximo mês de janeiro, Dijsselbloen deixará finalmente de presidir a este organismo e será substituído pelo português Mário Centeno, atual ministro das finanças do governo português, que será o garante das regras europeias e do compromisso com as exigências da zona euro, pelo período de dois anos e meio.
Centeno, que foi eleito à segunda volta com forte influência do eixo franco-alemão teve a felicidade de no seu mandato se ter verificado uma evolução positiva nalguns indicadores económicos portugueses, devido ao dinheiro barato do Banco Central europeu e ao Turismo. Ao contrário da dívida pública que disparou para valores nunca vistos e a despesa do Estado, sobretudo com pessoal, continuar a pesar cada vez mais.
A eleição de um português para um organismo europeu, mesmo informal como é o Eurogrupo, também é uma vitória para Portugal que deve ser valorizada, quer pelo prestígio do cargo quer pelos efeitos de reputação positiva para o país e também por permitir alguma margem de influência. Será uma boa notícia, se Centeno agir em função do interesse dos portugueses.

moreira.da.silva@sapo.pt
www.moreiradasilva.pt

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