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Edição 620

Crónica verde: Maus cheiros, outra vez!

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Já lá vão cerca de trinta anos. O problema que se pensava estar já resolvido continua a infernizar o quotidiano das gentes de Covelas e do Coronado, mas também das “vizinhas” Silva Escura e Folgosa, na Maia. Quem passa pela A3, também é brindado!
São constantes os relatos/queixas que chegam à Associação para a Protecção do Vale do Coronado (APVC). O mais recente episódio de “libertação aero-especial” aconteceu na véspera do 25 de Abril – viva a liberdade, viva! – e foi marcado por odores um nadinha nauseabundos que, a avaliar pelos relatos, puseram muito boa gente com vómitos, dores de cabeça, roupa arrancada do estendal, janelas e portas trancadas depressinha e, para utilizar um doce linguarejo, perda do raio da paciência. A suspeita recaiu numa unidade empresarial de transformação de subprodutos de origem animal, sediada nesta zona. Outra vez?!
E, nem de propósito, em Agosto de 2014, foi anunciado um investimento que iria contribuir para a eliminação dos maus cheiros. Nada mais nada menos do que dois milhões de euros – sendo 1,5 milhões de euros a cargo da Savinor (Grupo Soja Portugal) e cerca de 500 mil euros por parte da Trofáguas/Câmara Municipal da Trofa. O contrato de parceria até foi assinado na presença do Ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia de então, Jorge Moreira da Silva. Meta: conclusão no prazo máximo de 18 meses, ou seja, em início de 2016. Ora, já estamos em 2017 e as denominadas “emissões difusas de poluentes” continuam?!
O habitual chavão apresentado pelos responsáveis destas coisas de que se trata de uma “situação anómala e pontual” já se esgotou. E a paciência das gentes desta região, também.
De forma construtiva, a associação ambientalista do Coronado chama a atenção dos diversos agentes, nomeadamente, Câmara Municipal da Trofa, Juntas de Freguesia do Coronado e de Covelas, Agência Portuguesa do Ambiente, Direcção Geral de Veterinária, Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte e todos os demais envolvidos, sensibilizando-os para a urgente concretização – mesmo – das medidas de sustentabilidade ambiental obrigatórias e, assim, a definitiva resolução deste problema. Vá lá!
A APVC faz cidadania activa, em prol da qualidade de vida e da defesa intransigente do ambiente. Viva o frango do campo!
Vítor Assunção e Sá | APVC
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