Edição 608
Sampaio da Nóvoa cumpriu promessa e regressou à Trofa
Um ano depois de ter estado em campanha eleitoral para as presidenciais, Sampaio de Nóvoa regressou à Trofa.
Já sem estrutura de campanha, o professor universitário esteve, de novo, na Escola Secundária para cumprir a promessa que fez “há um ano” quando ainda era candidato. “Aqui tive um momento muito interessante de conversa com os alunos e disse que voltava, quer ganhasse, quer perdesse as eleições”, afirmou ao NT, depois de uma tarde quase toda dedicada à escola.
Sampaio da Nóvoa esteve reunido, em privado, com alunos e professores, para uma conversa que incidiu sobre a participação cívica, mas numa “dimensão filosófica”, para discutir “como nos podemos inscrever na vida cidadã”.
Paulino Macedo, diretor do Agrupamento de Escolas da Trofa, afirmou que tanto alunos como professores “concordaram” com a ideia de Sampaio da Nóvoa regressar à escola. “Vou satisfeito e de alma cheia por aquilo que eu vi pela participação quer dos alunos, quer da comunidade”, afiançou. É que, depois da aula com os alunos, o professor universitário participou numa palestra dinamizada pela Juventude Socialista para falar de democracia representativa e participativa, conceitos que, segundo Sampaio da Nóvoa, “não se substituem”. “Democracia representativa é matricial para a democracia, mas ela tem de ser completada e aprofundada com uma dinâmica de participação na e no governo da vida das cidades, no plano local e nas diversas esferas da nossa vida. É isso que enriquece a democracia”, argumentou.
Durante a intervenção, Sampaio da Nóvoa mostrou-se apreensivo com o clima de alívio que se vive em torno do estado do país e com a aparente despreocupação com o futuro. E usando uma metáfora defendeu que é preciso ter um bom barco para enfrentar o mar de incertezas que pode surgir. E o jovem, acrescentou, “pode preparar-se fazendo um trabalho sobre ele próprio, de cultura, de formação, de conhecimento e de curiosidade científica”. “É bom que tenha consciência crítica sobre as coisas e de preocupação pelo outro. Não podemos ser humanos se não nos preocuparmos com os outros humanos. Essa ideia do cuidar do outro e do trabalho de reflexão vai-nos tornar mais capazes de enfrentar o mar de incertezas que por aí vem”, asseverou.
Para José Amadeu Dias, presidente da JS Trofa, “o trabalho” que esta juventude partidária “tem desenvolvido centra-se muito na diversidade”. “Tentamos enriquecer os nossos quadros com oradores dos diversos quadrantes e nada melhor que o professor Sampaio da Nóvoa para um tema como “Educar para a participação cívica”. “E educar para a participação cívica passa, não só mas também, pela escola e pelos atores educativos”, defendeu.
Para o líder da Juventude Socialista, Sampaio da Nóvoa incorpora a personagem política que deve ser replicada na comunidade: “É fundamental acreditarmos que o serviço púlbico faz-se de bons políticos e bons políticos são cidadãos que têm um percurso exemplar. O professor Sampaio da Nóvoa foi um candidato que partiu do seu percurso académico, da sua formação enquanto pessoa e chegou às eleições da Presidência da República sem apoios formais de um partido, sem uma máquina a suportar e conseguiu criar um movimento de cidadãos dos vários quadrantes políticos. Ele é um exemplo que deve ser replicado em Portugal, na Europa e no Mundo”.
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