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Edição 607

E se a Trofa construir uma “geringonça”?

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Já há muito tempo que começou a pré-campanha eleitoral para as eleições autárquicas, que se vão realizar no último trimestre deste ano de 2017, mas obviamente a estratégia, os programas e também os candidatos só serão revelados lá mais para diante. É a confirmação do ditado popular: «o segredo é a alma do negócio».
A coligação “Unidos pela Trofa”, que governa há quase quatro anos os destinos do Município da Trofa mostrou que está para durar, pois é benéfica para os dois partidos que fizeram um casamento por interesse.
Ao PSD da Trofa interessa a contabilidade eleitoral, a soma dos votos, pois «grão a grão enche a galinha o papo», que é como quem diz: com os poucos votos do CDS, a somar aos seus, fica mais perto de garantir uma vitória, se até lá não forem cometidos erros grosseiros.
O interesse do CDS é esconder as suas fragilidades, a sua inexistência, a sua insignificância eleitoral, pois o partido eclipsou-se, continua «desaparecido em parte incerta» e vai continuar assim, por isso vai querer, sem qualquer dúvida, continuar coligado.
Quanto à oposição, que se resume ao PS e a alguns pequenos fogachos comunistas e bloquistas, é muito provável que o PS se apresente sozinho ao ato eleitoral, mas também é quase certo que vai ser novamente derrotado. Não é que a diferença de votos vá ser muito grande, mas vai ser derrotado. Se o PCP e o BE tivessem uma expressão eleitoral na Trofa idêntica à que têm a nível nacional estava aberta uma grande porta, para também existir, na esquerda trofense, um casamento por interesse.
A coligação que está atualmente na governação autárquica do Concelho da Trofa que esteja atenta, pois nunca se sabe se está na «forja» a construção de uma «geringonça trofense», através de uma habilidosa «engenharia eleitoral» que faça também um casamento calculista. Como já assistimos a nível nacional: tudo é possível.
E se a Trofa construir uma «geringonça»? O melhor que a coligação PSD-CDS tem a fazer é estar preparada para este cenário, pois não se sabe se existe algum António Costa trofense que tenha a habilidade e o engenho de também fazer um casamento por interesse.
A «geringonça» não será construída na Trofa se a equipa de Sérgio Humberto não fizer muitas asneiras ou retaliações grosseiras ou mesmo ligeiras. Para que a História não se repita é preciso recordar que não foi Joana Lima que ganhou as eleições autárquicas, mas sim o autarca laranja que geria os destinos do Município da Trofa que as perdeu, por ter feito muitas asneiras e retaliações. Aliás, como António Costa faz na governação do país (a asneira da TSU ou a trapalhada com a UBER e os Táxis), sem esquecer a grave retaliação que faz à Trofa (com o Metro de Superfície).
Se forem esmiuçados os resultados eleitorais, nas eleições autárquicas anteriores, facilmente se constata que a Câmara Municipal da Trofa só é presidida por um autarca «laranja», porque houve uma coligação e o PS perdeu a Câmara por poucos votos. Se não tivesse havido uma coligação à direita, a autarquia seria «rosa».
Não é difícil verificar que o PCP e o BE têm, no Concelho da Trofa, uma expressão eleitoral muito reduzida, muito inferior à que têm a nível nacional, mas aqui é que o aforismo popular de «grão a grão enche a galinha o papo» pode ser muito bem aplicado e, na prática, colocar a certeza no lugar da incerteza, a vitória no lugar da derrota.
Pode-se chamar «engenharia eleitoral», pode-se chamar o que quiser, mas a verdade é que esta habilidade que criou a «geringonça» pode ser construída em qualquer lugar. Com este tipo de coligação periclitante de esquerda, tudo é possível.

moreira.da.silva@sapo.pt
www.moreiradasilva.pt

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