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Edição 605

Danças e Cantares cumpriu a tradição do Cantar de Reis

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Cumpriu-se a tradição pela 11.ª vez. Tendo como palco o auditório do polo de Santiago da Junta de Freguesia de Bougado, o Grupo de Danças e Cantares de Santiago de Bougado recebeu, a 7 de janeiro, dois grupos amigos, o Grupo de Danças e Cantares Regionais do Orfeão da Feira e o Rancho Típico de S. Mamede de Infesta, para cantar os Reis.

Perante um auditório repleto, entrou-se na máquina do tempo para recriar as histórias dos antepassados. Uma cozinha antiga, jovens que improvisavam brincadeiras e um grupo de pessoas que batiam às portas para cantar as reisadas. Em troca levavam aquilo que as famílias tinham para oferecer, ainda se comiam as rabanadas e bebia-se vinho. E é daqui que parte a tradição ainda hoje recriada em muitas terras e por vários grupos. Foi assim no sábado, num momento protagonizado pelo Grupo Danças e Cantares de Santiago de Bougado.
A tradição apresenta os “cânticos recolhidos na região, usados pelos antepassados” e que fazem “a junção entre o sagrado, o divino e o profano”, relembrou o presidente do Grupo de Danças e Cantares de Santiago de Bougado, António Moreira. Por um lado, estes cânticos davam “a conhecer o nascimento do Deus Menino e, em simultâneo, serviam para procurar recolher junto das famílias mais abastadas géneros alimentares para poder depois distribuir para aqueles que precisavam”, explicou António Moreira.
E, para que a tradição não se perca, os mais jovens são, desde logo, imbuídos no espírito. Ao Grupo de Danças e Cantares juntou-se o Grupo Tradições Infantis de Cidai para que “as tradições perdurem e eles continuem a fazer disto um marco na sua vida e neste período de Natal”, desejou o presidente.
Para António Moreira, esta tradição “não se pode perder de maneira alguma, porque é desta forma que se manifesta o mais genuíno do nosso povo, que tinha a capacidade de partilhar, num contexto, porventura, mais difícil do que o de hoje”. Por isso, “devemos continuar a honrá-los”, finalizou.
António Moreira aproveitou ainda para “desejar um ano 2017 repleto de sucessos e felicidades”, esperando que “os grupos folclóricos, particularmente os do concelho, continuem e dêem um bocadinho as mãos”.

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