Edição 602
Frigorífico solidário já funciona no Muro (c/ vídeo)
Uma resposta social acessível a todos, a qualquer hora do dia. O frigorífico solidário é o mais recente projeto da delegação da Trofa da Cruz Vermelha e funciona, desde a manhã de sábado, 17 de dezembro, junto ao edifício da Junta de Freguesia do Muro.
A partir dele, a instituição espera que a solidariedade chegue a quem mais precisa. “Na Cruz Vermelha, sentimos que era muito necessário chegar àqueles que não nos procuram. À questão de como poderíamos chegar a mais pessoas 24 horas por dia, 365 dias por ano, surgiu esta ideia do frigorífico, que pode estar disponível a toda a comunidade e não tem fronteiras”, explicou Daniela Esteves, presidente da delegação, após a cerimónia de apresentação desta resposta social.
Todos são convidados a colaborar na colocação de alimentos que, por exemplo, estejam em excesso em casa, como iogurtes a chegar ao limite do prazo, fruta e legumes em bom estado, queijo e fiambre devidamente embalados ou leite. As refeições que sobrem não são uma opção válida, uma vez que “não se sabe quando serão retirados do frigorífico e podem estragar-se”, explicou Daniela Esteves.
A associação Montanha de Afectos também vai colaborar com o projeto. O presidente, Nuno de Almeida Nunes, explicou que ao abrigo do protocolo assinado durante a apresentação do projeto, a Montanha de Afectos apoiará “no abastecimento alimentar” e “contactará as empresas locais e superfícies comerciais para também elas serem solidárias”.
Objetivo é chegar a todas as freguesias
A “disponibilidade imediata” demonstrada pela Junta de Freguesia do Muro ajudou à escolha do local para o primeiro frigorífico. Daniela Esteves explicou que a “dimensão da freguesia” e “a certeza de que a comunidade ia acolher bem esta iniciativa e contribuir” pesaram na implementação deste “projeto-piloto”.
Mas a ideia já foi apresentada a todos os presidentes de junta que, segundo a presidente da delegação, “se mostraram interessados e disponíveis para acolher esta iniciativa”.
Carlos Martins, presidente da Junta de Freguesia do Muro, considera o frigorífico solidário “um projeto interessante” e com condições para vingar. “Penso que vai funcionar bem”, acrescentou.
E quem for buscar alimentos sem precisar?
Se uns aplaudem a iniciativa, outros há que levantam algumas dúvidas sobre o possível aproveitamento daqueles que, mesmo não precisando, podem levantar os alimentos.
Daniela Esteves confirma que a delegação pensou em todas as hipóteses. “Noutros países também existem iniciativas como esta e, por isso, durante muito tempo estudamos as grandes dificuldades desta matéria, mas percebemos que ela era muito simples. Se é uma resposta que não tem fronteiras nem limites, se é para dar a quem mais precisa o que, para alguns é supérfluo, então por que não colocá-la à disposição da comunidade? Esperamos que as pessoas tenham essa consciência e estes valores enraizados. Se de facto vandalizarem o frigorífico, estamos preparados para ser persistentes, mas também para mostrar a nossa humildade para assumir se a iniciativa não funcionar”, respondeu.
O frigorífico será visto todos os dias pelos responsáveis das juntas que aderirem ao projeto, bem como duas a três vezes por semana pela Cruz Vermelha.
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