Edição 587
“Desarrumação do território” e expansão do eucalipto preocupam Os Verdes (c/ vídeo)
Elementos do Partido Ecologista Os Verdes estiveram na Trofa para avaliar a floresta e o ordenamento do território do concelho. Após a visita, a conclusão é a de que “há uma mancha de eucalipto contínua e desordenada” e que reina “uma desarrumação do território”.
Preocupados com aquilo a que chamam a “eucaliptização do País”, elementos da comissão nacional do Partido Ecologista Os Verdes (PEV) fizeram um périplo pelos distritos de Braga e Porto para verificar o estado das florestas. A jornada terminou na Trofa, que também foi afetada pelo flagelo dos incêndios.
“O nosso concelho tem 51 por cento de área florestal, sendo que, dessa área, 90 por cento está cedida à espécie do eucalipto. O nosso concelho foi um dos que no País teve mais ignições, facto que nos preocupa e daí chamamos a atenção para esta situação”, explicou Fernando Sá, militante trofense do PEV, no final da visita por alguns locais que foram fustigados pelos incêndios deste verão.
Para Manuela Cunha, membro da comissão executiva nacional do PEV, a Trofa é o espelho do que se vê por todo o país e, com mais incidência, no Norte. Prova de que “o ordenamento da floresta está a ser mal feito”. “Podemos constatar que estamos perante uma mancha de eucalipto contínua e desornada, que invade espaços urbanos e industriais. Por muitos bombeiros que atuem, por muito competentes e corajosos que sejam e por muitos meios que tenhamos, não se consegue vencer esta situação se não tivermos políticas a montante e a jusante que ponham termo a este flagelo”, sublinhou.
E que políticas são essas? Manuela Cunha enumera: “O eucalipto tem de ser contido, regrado e tem que ter a sua área bem definida, sem ser a única espécie plantada no País. Há que plantar folhosas nesta zona, que impeçam os incêndios de progredir. Por outro lado, temos de conter o ordenamento urbano e florestal. A floresta não pode entrar para a zona urbana e vice-versa”.
E neste caso, Manuela Cunha considera que na Trofa reina uma “desarrumação do território” e questiona-se sobre “qual é o plano municipal para combater os incêndios”. “Por exemplo, se uma autarquia, no Plano Diretor Municipal, decreta uma zona como área industrial tem que criar um perímetro de contenção e separá-la da área florestal”, frisou.
Para Fernando Sá, devido à expansão de eucaliptos no concelho, já é possível aferir de consequências ambientais, como o facto de “o Rio Trofa ter muito menos água que o que tinha em anos anteriores e de se ter registado uma redução de espécies, tanto animais como vegetais”.
Nas conversações que teve com o PS antes da formação do Governo, o PEV “exigiu” ao PS “legislar rumo à travagem da expansão desregulada do eucalipto em Portugal”. Segundo Manuela Cunha, o executivo de António Costa “está a elaborar legislação que vai romper com a que vigorava desde último Governo liderado pelo PSD e CDS-PP, que liberalizava a plantação do eucalipto”.
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