Edição 583
Trofense vence International Trombone Association
Há “muito tempo” que Marco Rodrigues, um jovem trofense de 17 anos, esperava vencer a International Trombone Association. O feito aconteceu este ano e a vitória na categoria Larry Wiehe (menores de 23 anos) significou “muito” para si. Como prémio, o jovem recebeu “um vale de mil dólares na Dillon Music, uma loja muito conceituada de instrumentos de sopro e acessórios, situada em Nova Jérsia”. Este ano, Marco já participou em “diversos concursos”, entre eles o 1.º Concurso Internacional de Trombone em Castelo de Paiva, de onde saiu com o 1.º prémio na sua categoria. Já em 2012, o jovem músico obteve o 3.º prémio na categoria juvenil do Concurso Internacional Terras de La Salette, tendo, três anos depois, vencido na categoria júnior. Em 2015, venceu a bolsa de estudo da Fundação Yamaha. E tal como outros “jovens trombonistas”, Marco quer concorrer e “tentar a sua sorte” no ARD, em Munique, e o Citta di Porcia, em Itália. Mas enquanto essa oportunidade não chega, o jovem vai disputar o Prémio Jovens Músicos, que está a decorrer na Casa da Música, no Por- to, até sábado, 30 de julho. Para vencer a categoria Trombone Superior, com a prova final marcada para as 14 horas desta sexta-feira, 29 de julho, Marco tem pela frente dois mú- sicos. “A competição está bastante forte e todos os finalistas apresentam um alto nível. Todos temos hipóteses de vencer e tenho a certeza que vai ser uma experiência muito boa para a minha formação, pois é um concurso importantíssimo para os jovens desta área”, assegura. Até à prova final, o jovem músico esteve a ser orientado por David Silva, que foi seu professor da classe Trombone na ARTAVE – Escola Profissional Artística do Vale do Ave. “Ele melhor que ninguém sabe preparar os alunos para este género de competições”, confidenciou.
Paixão pela música despertou aos 14 anos
Foi com sete anos que Marco Rodrigues teve o seu primeiro contacto com a música. E, apesar de se dedicar à música clássica e ao Trombone, o primeiro instrumento que o jovem aprendeu a tocar foi a concertina. Só quando ingressou na ARTAVE, em 2010, é que Marco descobriu o Trombone, por ser “o único instrumento que podia aprender”, por “não haver mais ninguém nessa classe”. Na altura tratou-se “apenas de ocupar uma vaga”, mas, dois anos de- pois, descobriu “o quão importante o trombone era para si”. “Desde então decidi que queria fazer da música a minha vida”, contou. No mesmo ano, com apenas 12 anos de idade, Marco ingressou na Banda de Música da Trofa, a “pedi- do do professor David Silva ao maestro Luís Campos”. “Andar numa banda é bastante benéfico para um instrumentista, pois trabalha-se bastantes matérias, como, por exemplo, o solfeja e a leitura à primeira vista. E sendo a Banda de Música da Trofa muito boa a nível nacional é ainda mais fácil trabalhar esses pontos”, explicou. A par da sua formação escolar, Marco frequentou “cursos de aperfeiçoamento” com trombonistas, como György Gyivicsan, Rui Pedro Alves, David Bruchez, Andreas Klein, Filipe Alves, Jarret Butler, Hugo Assun- ção, Stefan Schulz e Jamie Williams, e participou em “estágios de orquestra” com os maestros Luís Carvalho, André Granjo, Luís Campos, Peter Askim Fernando Marinho, Emílio de César, Otavio MasArocas, Rafa Albors e Ernst Schelle. Ao longo do seu percurso escolar integrou as orquestras Artavinhos, Orquestra de Sopros, Orquestra Artave e os Estágios Aproarte 2014 e 2015, tendo ainda, em música de câmara, trabalhado com o professor Paulo Silva. Marco vai iniciar uma nova fase escolar na sua vida, ao ingressar, em setembro, na Zurcher Hochschule der Kunste (Universidade de Artes de Zurique) na classe de Trombone do professor David Bruchez, depois de ter prestado “provas práticas e te- óricas” em “maio deste ano”. “Como Zurique é uma cidade bastante cara para se viver, tive que proceder a ajudas monetárias. Com a ajuda do professor David Bruchez pude candidatar-me a apoios de fundações em Zurique e assim resolvi a maior parte dos problemas de aí estudar”, referindo-se à bolsa de estudo que ganhou. Marco sabe que o futuro “é muito imprevisível” e, por isso, espera para ver o que lhe reserva. Entretanto, o jovem músico vai estar em “digressão a solo” em Portugal, com a Orquestra de Jovens de Zurique, durante o mês de outubro.
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