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Edição 578

Projeto do cemitério em Covelas desagrada ex-presidente

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O presidente da Junta de Freguesia, Feliciano Castro, informou que, relativamente ao alargamento do cemitério, já tem “as especialidades concluídas”, mas como “a zona e o terreno do cemitério não é muito direito”, por ter “quotas diferentes”, o executivo está a analisar como vai fazer. “Um dos problemas que surge é que se fizermos alguma obra na parte de trás, temos que ver bem com os orçamentos, porque podemos estar a gastar dinheiro numa parte que nos possa fazer falta na parte da frente, que é mais larga. Pelo contrário, se fecharmos a parte da frente não podemos fechar de vez, porque corremos o risco de depois não poder entrar máquinas para fazer algum trabalho na parte de trás”, explicou.
Feliciano Castro contou que “já têm alguns orçamentos” e estão “a avaliar, inclusivamente a ver qual é o valor que a Câmara lhes pode atribuir”, para que “depois possam partir para alguma decisão concreta e avançar com a obra”.
Já sobre o saneamento que está a ser feito na freguesia, e que “não é uma obra da Junta”, Feliciano Castro declarou que “se já estava um bocado complicado em termos de ligação, uma vez que está em tribunal na zona do Outeiral com um residente, há dias foram confrontados com o abandono da empresa que andava a pôr o asfalto”. O executivo já “enviou e-mail para a Câmara, para terem conhecimento e intervirem”. “Já questionamos a Câmara para eles porem o problema às Águas do Norte para ver o que se passa, porque temos ruas já com asfalto e outras sem e é lógico que isto não pode ficar assim. Eles prometeram que antes de saírem iam pavimentar as valas que abriram”, acrescentou, declarando que chegou a pensar que, como era a “semana de 10 de junho, feriado”, os funcionários “tivessem saído mais cedo ou fossem fazer um trabalho a outro lado”.
O presidente anunciou ainda que a REN “aceitou o parecer” emitido pela Junta de Freguesia, relacionado com “o impacto ambiental” causado pela “linha em grandes extensões na freguesia”. Apesar de “não haver nada em concreto”, Feliciano Castro acredita que vão “ser contemplados com qualquer coisa”.

Ex-presidente de Junta mostrou-se descontente com o tema do cemitério

Já no período de intervenção do público, Fernando Moreira, ex-presidente da Junta de Freguesia de Covelas, mostrou-se descontente por Feliciano Castro ter proferido que “o projeto do cemitério encontrava-se feito graças a Deus”, uma vez que deu a entender que ele “não tinha projeto”. “Assinou a Câmara, o presidente da Câmara e toda a gente e mandou-me avançar com a obra. Podia faltar qualquer documento ou requerimento no projeto. Vocês sabiam perfeitamente que um projeto na Câmara pode não estar completo ou precisar de algum documento, mas é resolvido, não é preciso fazer um projeto novo. Fizeram-no porque interessava a alguém”, declarando, completando que “começou o cemitério com dinheiro e projeto”.
Em resposta, Feliciano Castro contou que na “primeira reunião” que teve na Câmara Municipal da Trofa, os “arquitetos Charro e Sílvia Carvalho” disseram-lhe que existia “um estudo prévio”, mas que “ainda faltava fazer muita coisa”. Como tal, o executivo decidiu “partir para o que faltava”, tendo “todas as especialidades feitas para avançar”. “Só que chegamos à conclusão que fazer uma obra e suporte aos muros que lá estão requer muito dinheiro. E como é uma freguesia que não tem recursos próprios e não tem receitas é complicado, porque diz assim tens esta verba e tens que fazer obras em relação a essa verba, porque se gastares em determinado sítio, depois não podes fazer outra. Daí a dificuldade, indecisão e esta demora. Não vamos decidir gastar, por exemplo, na parte de trás do cemitério e depois não poder fazer nada na parte da frente”, explicou.
Outro dos assuntos trazido à Assembleia por Fernando Moreira está relacionado com os limites da freguesia, que “estão parados” quando “entregou o mapa”. “Vocês não fizeram nada com os limites. Falta um bocadinho nas boucinhas e vocês nem isso retificaram. E foi coisa que mais perdi em andar pelos montes e a romper camisolas e calças. Por isso é que digo que vocês não faziam nada demais em ter um marco”, denotou, alertando para que solicitem à Câmara para “alterar a toponímia” de Covas, que é “do outro lado de Mendões e não é Covelas”.
O presidente da Junta salientou que os limites “não são um processo fácil” e que Fernando Moreira tem “essa experiência de conhecer melhor os terrenos do que qualquer outro”, porque esteve “30 anos à frente de uma freguesia e é uma pessoa mais antiga, em termos de idade”. “E isso é uma grande vantagem. Por acaso, ainda não falei nenhuma vez com o presidente de Junta (do Coronado, José Ferreira) sobre os limites, mas estou a contar marcar uma reunião para falar sobre isso e delimitar o que ficou em papel”, terminou.

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