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Edição 567

Cultura marca jubileu da Capela da Senhora das Dores

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Comemorações dos 250 anos da Capela estendem-se até às festas de Nossa Senhora das Dores.
Até julho, os 250 anos da Capela Nossa Senhora das Dores vão ser comemorados com espetáculos musicais, uma exposição e um livro, numa programação onde a comunidade “está comprometida”, assinalou o pároco Luciano Lagoa.
Mil setecentos e sessenta e seis foi o ano em que foi levado à cúria diocesana o documento que solicitava a licença para a construção da Capela Nossa Senhora das Dores. Passados 250 anos, a paróquia de S. Martinho de Bougado organizou um programa de comemorações, conciliando-as com o facto de esta Capela, por ser jubilar, ter sido escolhida pelo Bispo do Porto como um ponto de peregrinação para o Jubileu da Misericórdia. “Tudo isto leva a que 2016 seja um ano importante para a nossa comunidade”, afirmou Luciano Lagoa, pároco de S. Martinho de Bougado, que sublinhou “o comprometimento” da população, que “não quer deixar de assinalar a passagem desta efeméride”. “Não só a paróquia, mas também as coletividades e entidades oficiais estão em colaboração connosco para ajudar-nos nas comemorações dos 250 anos da Capela. Não vai ser uma festa pontual, mas algo estendido no tempo até às festas em honra de Nossa Senhora das Dores”, explicou o sacerdote.
A primeira atividade comemorativa realizou-se no domingo, 3 de abril, com o primeiro de uma série de concertos de arte sacra e música clássica. A cantora meio-soprano trofense Alexandra Calado teve honras de abertura de um programa cultural, com um recital de árias sacras que contou com a colaboração de Carla Quelhas, ao piano.
Do repertório de 13 temas, Alexandra Calado apresentou “Ave Maria”, de C. Gounod, “Agnus Dei” (Missa da Coroação), de Mozart, “Come unto him” (Messias), de G. Handel, “Panis Angelicus”, de C. Franck e “Fac ut portem” (Stabat Mater) e “Quae moerebat et dolebat (Stabat Mater), de G. Pergolesi. As duas últimas têm um grande simbolismo por representar a dor de Maria, que se manteve de pé, chorando junto à Cruz da qual pendia seu Filho. “Através da música e da letra tentamos comunicar o sentimento de Maria ao ver o filho na Cruz”, explicou Alexandra Calado, em declarações ao NT, no final do espetáculo.
Tanto a cantora como a pianista Carla Quelhas manifestaram “grande satisfação” pelo concerto. “É neste tipo de ambiente que me sinto bem em tocar, porque é onde as pessoas prestam mais atenção e estão realmente presentes para nós”, explicou a pianista.
É através da música que Alexandra Calado gosta de transmitir sentimentos. “Quando canto sinto um milhão de coisas, mas, no fundo, podemos resumir que a nossa missão é expressar ao público o que o compositor escreveu”, asseverou.
Alexandra Calado é da Trofa, licenciada em Línguas e Literaturas Modernas pela Universidade do Porto e mestre em Estudos Ingleses pela Universidade de Aveiro. Tem ainda uma pós-graduação em Performance, sob a orientação da soprano Isabel Alcobia. Estudou em Londres com a meio-soprano Yvonne Minton e em Paris com Muriel Corradini. Tem um vasto repertório de música sacra e ópera.
 
Mais concertos, uma exposição e um livro
Este foi o primeiro de muitos concertos que serão realizados na Capela Nossa Senhora das Dores. Segundo Luciano Lagoa, estão já programados espetáculos, quase quinzenalmente, até julho e ao início das festas em honra de Nossa Senhora das Dores. “Teremos concertos variados e muito interessantes ao nível cultural, sempre com a vertente da música sacra e religiosa”, acrescentou.
Além disso, está ainda a ser preparada “uma exposição e um livro temáticos sobre a Capela e sobre o culto de Nossa Senhora das Dores na cidade”, anunciou.
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