JS critica falta de diálogo da Câmara com a Junta de Freguesia do Coronado

Na sequência do “Roteiro de Proximidade” que visa a auscultação da população das freguesias do concelho, a JS parou no Coronado e criticou o facto de a autarquia não dialogar com a Junta de Freguesia.
“O executivo camarário deve escutar os reais problemas da população trofense antes de avançar para a execução dos trabalhos, que muitas vezes envolvem investimentos elevados e raramente servem convenientemente os anseios da população. Neste sentido é importante que seja mantido um diálogo efetivo entre Câmara Municipal e juntas de freguesia, para o benefício de todos os trofenses”. Quem o diz é Luísa Felizardo, elemento da Juventude Socialista da Trofa, depois de esta estrutura ter realizado uma visita à freguesia do Coronado para “perceber e auscultar os problemas que afetam esta população”.
Depois do diálogo com o presidente do executivo coronadense, José Ferreira, os jovens socialistas condenaram a conduta da Câmara Municipal, acusando-a de “não comunicar à Junta as decisões de intervenção na freguesia”. “Esta falta de comunicação não permite que as reais dificuldades dos habitantes dos Coronados sejam consideradas antes da realização das obras, por tal, só quando os trabalhos são concluídos é que são descobertas as deficiências da intervenção”, acrescentou Luísa Felizardo.
A repavimentação das ruas da freguesia foi um dos temas dominantes. Da visita que fizeram a alguns locais, a JS destaca “a repavimentação, a cargo da Câmara, da Rua do Paiço, que já vai na quarta correção do piso”, assim como a intervenção feita “na Rua do Parque de Jogos, numa adjudicação de 55 mil euros, sem preocupação de criar passeios e onde cinco moradias permanecem sem saneamento”. “Na Rua da Restauração, uma via com défice na rede de águas pluviais, decorrem agora as obras de requalificação, no entanto, esta rede não foi contemplada. Para agravar a situação, o plano de desvio automóvel para os moradores desta área não foi considerado, pelo que a Junta de Freguesia se viu obrigada a solucionar o problema dos moradores, criando uma passagem provisória por cima de um passeio. Ligeiramente acima desta requalificação, encontramos a Rua Trinaterra, repleta de deficiências no pavimento, que não terão sido tidas em conta nesta obra”, refere ainda Luísa Felizardo.
A Juventude Socialista assinalou ainda os “problemas com as obras de saneamento”, decorrentes do facto de “o projeto ter sido planeado com base numa planta de 1999, não tendo havido novos levantamentos topográficos no terreno, o que fez com que muitas das casas que foram construídas entretanto, não tenham sido consideradas na execução da obra”.