Edição 560
Confraria do Cavalo quer organizar espetáculos equestres
“Comunicamos que a organização da vertente equestre da Feira foi entregue a outra associação”. Foi através de um email, enviado no início de janeiro, que a Junta de Freguesia de Bougado informou a Confraria do Cavalo que tinha sido preterida na organização da vertente equestre da Feira Anual da Trofa. A decisão da Junta apanhou de surpresa a direção da Confraria do Cavalo, que desde outubro de 2015 a tem vindo a contactar a Junta para se começar a preparar a edição 2016 do certame e acreditou na justificação de que “ainda faltava muito tempo” para a marcação das reuniões de preparação.
O elemento da direção da Confraria, Luís Elias, afirmou que não lhe foi dada “qualquer razão ou justificação para a decisão” da escolha de “outra associação”, quer fosse pelo “preço, programa ou do que quer que fosse”. Afonso Serra Neves, também da direção da Confraria do Cavalo, recordou que “a 21 de janeiro” enviaram “um novo ofício a contestar de forma sustentada a decisão tomada pela Junta de Freguesia e pela Câmara Municipal”. A Junta de Freguesia respondeu no dia seguinte, “reafirmando a decisão previamente tomada”, segundo contou a direção. Com esta decisão, a Confraria do Cavalo considera que as entidades organizadoras do certame “não” estão a “honrar” o protocolo assinado a 18 de janeiro de 2010 com a Câmara da Trofa e que “é renovado automaticamente todos os anos”. “Para ser denunciado tinha que ser com 30 dias de antecedência, relativamente à data que se assinou, ou seja, até meados de dezembro. Nunca foi denunciado”, garante.
Mas para Luís Elias, “o estranho” e “a injustiça” desta decisão foi a de “a entregar a uma instituição sem histórico, em detrimento de uma instituição que trabalhou, nomeadamente com este executivo já em duas feiras anteriores”. “Uma com histórico e composta por criadores e elementos ligados aos cavalos nas vertentes desportivas, em detrimento de uma instituição que foi criada no dia 3 de novembro, por coincidência no dia seguinte à nossa reclamação de não resposta por parte da Junta”, adiantou Luís Elias.
Para o membro da direção da Confraria, a Equestrian Events – Associação Equestre dos Templários tem “alguns aspetos que são absolutamente estranhos”, como o facto de ter sido “fundada por três pessoas, uma com contrato de prestação de serviços de veterinária com a Câmara, a outra é irmão de um elemento da Junta de freguesia e um terceiro elemento, que é meu sobrinho, consta-se nas praças que namora com a líder da JSD da Trofa (Sofia Matos)”.
Mas de uma coisa os diretores têm a certeza, a escolha de outra associação “não deve ser um problema de orçamento”, porque a Confraria apresentou um “programa e orçamento idênticos ao do ano anterior”.
Mas o que levou a Confraria do Cavalo a interpor uma providência cautelar contra a Câmara Municipal da Trofa e Junta de Freguesia de Bougado, foi o de fazer a organização da Feira “cumprir o protocolo, permitindo que organizem e mantenham o nível da componente equestre da feira”. Se a decisão judicial “for favorável” e decretada “até ao dia 26 de fevereiro”, a Confraria tem “todas as condições para realizar a feira, graças ao trabalho que têm desenvolvido e aos dias que ainda têm até ao próprio evento”, segundo adiantou Afonso Serra Neves.
O elemento da direção da Confraria, Luís Elias, afirmou que não lhe foi dada “qualquer razão ou justificação para a decisão” da escolha de “outra associação”, quer fosse pelo “preço, programa ou do que quer que fosse”. Afonso Serra Neves, também da direção da Confraria do Cavalo, recordou que “a 21 de janeiro” enviaram “um novo ofício a contestar de forma sustentada a decisão tomada pela Junta de Freguesia e pela Câmara Municipal”. A Junta de Freguesia respondeu no dia seguinte, “reafirmando a decisão previamente tomada”, segundo contou a direção. Com esta decisão, a Confraria do Cavalo considera que as entidades organizadoras do certame “não” estão a “honrar” o protocolo assinado a 18 de janeiro de 2010 com a Câmara da Trofa e que “é renovado automaticamente todos os anos”. “Para ser denunciado tinha que ser com 30 dias de antecedência, relativamente à data que se assinou, ou seja, até meados de dezembro. Nunca foi denunciado”, garante.
Mas para Luís Elias, “o estranho” e “a injustiça” desta decisão foi a de “a entregar a uma instituição sem histórico, em detrimento de uma instituição que trabalhou, nomeadamente com este executivo já em duas feiras anteriores”. “Uma com histórico e composta por criadores e elementos ligados aos cavalos nas vertentes desportivas, em detrimento de uma instituição que foi criada no dia 3 de novembro, por coincidência no dia seguinte à nossa reclamação de não resposta por parte da Junta”, adiantou Luís Elias.
Para o membro da direção da Confraria, a Equestrian Events – Associação Equestre dos Templários tem “alguns aspetos que são absolutamente estranhos”, como o facto de ter sido “fundada por três pessoas, uma com contrato de prestação de serviços de veterinária com a Câmara, a outra é irmão de um elemento da Junta de freguesia e um terceiro elemento, que é meu sobrinho, consta-se nas praças que namora com a líder da JSD da Trofa (Sofia Matos)”.
Mas de uma coisa os diretores têm a certeza, a escolha de outra associação “não deve ser um problema de orçamento”, porque a Confraria apresentou um “programa e orçamento idênticos ao do ano anterior”.
Mas o que levou a Confraria do Cavalo a interpor uma providência cautelar contra a Câmara Municipal da Trofa e Junta de Freguesia de Bougado, foi o de fazer a organização da Feira “cumprir o protocolo, permitindo que organizem e mantenham o nível da componente equestre da feira”. Se a decisão judicial “for favorável” e decretada “até ao dia 26 de fevereiro”, a Confraria tem “todas as condições para realizar a feira, graças ao trabalho que têm desenvolvido e aos dias que ainda têm até ao próprio evento”, segundo adiantou Afonso Serra Neves.
“A Junta de Freguesia cumpriu integralmente os compromissos”
Contactado, o presidente da Junta de Freguesia de Bougado, Luís Paulo, adiantou que “cumpriu integralmente os compromissos que tinha e a lei”, tendo já informado “o juiz” das “razões” para a escolha da nova associação. “A Junta sente-se à vontade e não está preocupada, porque temos consciência que fizemos tudo bem. Caso contrário teríamos dado o braço a torcer. Eles (Confraria do Cavalo) estão sentidos porque gostavam de serem eles a organizar”, terminou. O NT contactou a Equestrian Events – Associação Equestre dos Templários, mas não prestaram declarações em tempo útil.
Na reunião do executivo da Câmara Municipal da Trofa desta quinta-feira, 18 de fevereiro, a vereadora socialista, Joana Lima, mostrou-se “preocupada” com as notícias vindas a público relativamente à providência cautelar interposta pela Confraria do Cavalo, pedindo para “ser esclarecida quanto a esta matéria”. “A Feira da Trofa tem uma expressão nacional e a Confraria até tem membros confrades estrangeiros. Queríamos ouvir de viva voz o que se está a passar e porquê que não é a Confraria do Cavalo, a única existente e com provas dadas no nosso concelho, a levar a cabo a Feira na parte equestre”, questionou.
O presidente em exercício da Câmara Municipal da Trofa, António Azevedo, referiu que “a providência cautelar chegou na segunda-feira” à autarquia, mas cabe à Junta “dizer de sua justiça” e a “razão de ter preterido a Confraria por outra associação”. “Desde que estamos cá, 2014, esse protocolo não foi executado por nós. (A Junta) entendeu, na altura, que a organização era e sempre foi da Junta e que nós iriamos apoiar e subsidiar e a Junta tratava das relações entre as partes”, respondeu.
Joana Lima mencionou que a providência cautelar “não apareceu” do nada, querendo, por isso, saber “o que se passou para correrem esta Confraria, que tem trabalhado com isenção e com profissionalismo e que dignifica a Feira Anual da Trofa”. António Azevedo reforçou que “terá que perguntar à Junta”, porque a “Câmara não interfere na organização da Junta”.
“Nem estão preocupados em questionar a Junta sobre o assunto? A Câmara tem que se preocupar em saber o que se está a passar, porque é a entidade que mais paga para a organização daquele evento”, referiu a socialista, com António Azevedo a garantir que “a Feira da Trofa não está em perigo” e para “deixar o tribunal decidir”.
O presidente em exercício da Câmara Municipal da Trofa, António Azevedo, referiu que “a providência cautelar chegou na segunda-feira” à autarquia, mas cabe à Junta “dizer de sua justiça” e a “razão de ter preterido a Confraria por outra associação”. “Desde que estamos cá, 2014, esse protocolo não foi executado por nós. (A Junta) entendeu, na altura, que a organização era e sempre foi da Junta e que nós iriamos apoiar e subsidiar e a Junta tratava das relações entre as partes”, respondeu.
Joana Lima mencionou que a providência cautelar “não apareceu” do nada, querendo, por isso, saber “o que se passou para correrem esta Confraria, que tem trabalhado com isenção e com profissionalismo e que dignifica a Feira Anual da Trofa”. António Azevedo reforçou que “terá que perguntar à Junta”, porque a “Câmara não interfere na organização da Junta”.
“Nem estão preocupados em questionar a Junta sobre o assunto? A Câmara tem que se preocupar em saber o que se está a passar, porque é a entidade que mais paga para a organização daquele evento”, referiu a socialista, com António Azevedo a garantir que “a Feira da Trofa não está em perigo” e para “deixar o tribunal decidir”.
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