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Edição 558

Dois anos de luta e sacrifício pelos “patudos”

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A luta diária que é travada e as constantes restrições financeiras não permitem pensar em grandes projetos futuros e nem festa houve na comemoração do segundo aniversário depois de reativada, porque todos os fundos são preciosos e canalizados no tratamento dos animais.

A Associação Um Animal Um Amigo (AUAUA) vive, ou melhor, sobrevive graças ao amor dos voluntários pelos cães e gatos, que foram muito afetados pela crise que assolou as famílias. Os abandonos subiram em flecha e, face à lotação do canil e da associação, é habitual ver-se grupos de cães e gatos pelo território do concelho.

“Os animais são descartáveis.Basta haver qualquer problema que são os primeiros a sofrer as consequências, resultado da crise e também da pobreza de espírito de quem os abandona”, explicou Sílvia Coutinho, responsável pela AUAUA. Um dos “fenómenos” que se tem repetido é “o pedido de recolha dos animais por parte dos donos, com a desculpa de que não têm poder económico ou que vão trabalhar para o estrangeiro”. “Por vezes, damos conta de que o argumento é falso”, assinalou.
Haja quem pense que, só por ter um protocolo anual com a Câmara Municipal da Trofa no valor de 2750 euros, a AUAUA vive desafogada, mas tal “não corresponde à verdade”. Esse valor, garante Sílvia Coutinho, dá para “cerca de três meses de tratamentos clínicos” dos animais. “Temos casos graves de animais doentes e atropelados que chegam à nossa associação. Aliás, tem sido diária a nossa ajuda com tratamentos clínicos que nos levam quase todo o nosso dinheiro. Mesmo assim, nunca recusamos ajudar um animal abandonado que esteja nessas condições”, contou.
Fruto destas contrariedades, a associação recebe, mesmo mantendo uma parceria com uma clínica veterinária, “faturas altíssimas”, que são “difíceis de pagar”, pelo que são constantes os apelos públicos, sobretudo através do Facebook, para o apoio ao pagamento dos tratamentos. E ainda há outras necessidades para suprir, como a alimentação e a manutenção das infraestruturas que acolhem os “patudos”.
Por isso, para a AUAUA é imperativo que as ajudas cheguem e que os trofenses se associem à causa, através de dádivas ou da inscrição como sócios, pagando 20 euros por ano.

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