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edição 553

Apelos à não demolição da Ponte da Peça Má

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No período de intervenção do público da sessão extraordinária da Assembleia Municipal da Trofa, na segunda-feira, 28 de dezembro, muitas foram as vozes em defesa da Ponte da Peça Má. O assunto foi levado ao debate por Eurico Ferreira, que até apresentou uma alternativa para aumentar a segurança rodoviária.

A Ponte da Peça Má, na Estrada Nacional 14 já em território da freguesia do Muro, voltou a ser motivo de debate na Assembleia Municipal da Trofa. O trofense Eurico Ferreira levou o assunto à sessão, mostrando preocupação pela possível demolição da estrutura. “Toda a gente lamenta termos perdido a Ponte Pênsil e vamos agora autorizar que se faça a mesma coisa?”, questionou, defendendo que a Ponte da Peça Má “é uma obra de arquitetura” que “não tem uma fissura nem uma pedra deslocada”, mas sim “agressões” provocadas por camiões de grandes dimensões e que a torna perigosa. Mas, para isso, há solução, defendeu Eurico Ferreira: “Se enquadrarmos a estrada com a ponte, liberta-se um metro e espaço e altura para se fazerem duas faixas de rodagem com três metros e meio e dá para fazer um passeio de cada lado”.
O trofense sustenta-se num “estudo” que pediu a um “técnico”, que garante que “a intervenção garante largura suficiente para que os camiões entrem a 90 graus relativamente à ponte”. “E sobre os custos da obra, será pouco mais de metade do que custa demolir a ponte e não será necessário cortar o trânsito, desde que a obra seja feita por fases”, sustentou.
Também Manuel Silva interveio em defesa da Ponte, afirmando que esta “foi uma das últimas de alvenaria a ser construída” e que é inegável o “valor imaterial, patrimonial e histórico” que detém.
Adelino Maia, presidente da Junta de Freguesia de Alvarelhos e Guidões considerou que “importante é que a ponte esteja em condições” e que será “genial garantir a segurança e preservar a história”.
Já Carlos Martins, presidente da Junta de Freguesia do Muro, apelou a que “antes de se tomar qualquer decisão, se coloque sinalização, porque a passagem sobre a ponte é um dos pontos mais perigosos do concelho”. O autarca sugeriu ainda “a criação de uma comissão, na qual o senhor Eurico Ferreira faça parte” para estudar as alternativas à demolição da Ponte.
Sérgio Humberto, presidente da Câmara Municipal da Trofa, afirmou que “não há novidades” sobre o assunto “desde há um ano e meio”, altura em que a empresa Metro do Porto “notificou, mais uma vez, a autarquia”. “A Metro do Porto mostrou intenção de querer demolir ou de tentar perceber se o município ficava com a responsabilidade pela sua manutenção”, referiu.
Apesar de “haver um documento na autarquia que refere que, do ponto de vista patrimonial, a ponte não tem essa mais-valia”, o autarca assegurou que “a decisão” sobre o que fazer com a estrutura “não vai ser do executivo municipal”, abrindo a porta à possibilidade de “haver um referendo ou de criar a comissão”.
Ainda no período de intervenção do público, Manuel Silva questionou o executivo sobre a razão pela qual os semáforos de Bairros não estarem ligados. Sérgio Humberto respondeu que “quase todos os semáforos do concelho estão caducos” e que “já foi elaborado um estudo” para colocar nova sinalização luminosa e “fazer a manutenção e substituir as lâmpadas por outras LED”.
Eurico Ferreira aproveitou a ocasião para agradecer ao vereador da Cultura, Renato Pinto Ribeiro, a escolha do local para implantar a serra de fita com corpo de cimento, máquina criada na Trofa e cujo um exemplar foi recuperado pelo trofense para enriquecer o património histórico do concelho. A máquina vai ser colocada, caso seja aprovado pelo condomínio, na Praceta Monge Pedro, em S. Martinho de Bougado.

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