Espetáculos
TOY e Clinic no Hard Club Fotorreportagem
Na noite de 4 de Julho o Hard Club recebeu as bandas inglesas TOY e Clinic, num concerto que encerrou com chave de ouro a primeira edição do Indouro Fest. O festival realizado em Maio no Jardim do Morro e na Serra do Pilar, em Vila em Vila Nova de Gaia, viu o seu cartaz desfalcado da presença das duas bandas inglesas, que devido à greve de pilotos ocorrida nessa altura se viram impossibilitadas de viajar até ao Porto.
No entanto, antes que os ingleses subissem ao palco coube aos Eat Bear, quarteto portuense a jogar a casa, a abertura das festividades. Enquanto a sala 1 do Hard Club se ia compondo a banda nacional apresentou um alinhamento bastante coerente, demonstrando garra para fazer vencer o seu garage-rock.
Os TOY, por entre descargas de indie-rock com o seu qb psicadélico, percorreram os êxitos do homónimo álbum de estreia, com incursões pelos temas do mais recente Join the Dots. Temas como Dead and Gone, It’s Been so Long, Fall Out of Love, My Heart Skips A Beat e Motoring foram entusiasticamente celebrados por todos aqueles que enchiam a Sala 1 do hard Club. A energia das melodias de TOY quando tocadas ao vivo extravasa o palco e contagia a audiência, e sábado tal aconteceu no Porto com os fãs da banda inglesa a cantaram, pularem e dançarem. O concerto terminou em enorme euforia com Join the Dots.
A fechar a noite, os Clinic, banda de Ade Blackburn, Brian Campbell, Jonathan Hartley e Carl Turney que como habitualmente se apresentou em palco com bata e máscara de cirurgião. Uma banda de culto, com quase duas décadas de existência, que trouxe de Liverpool o seu post-rock revivalista, repleto de toques noise. Na bagagem, os Clinic, conhecidos por usarem e abusarem dos teclados vintage, traziam uma panóplia de instrumentos – maracas, clarinete, melódica e harmónica – que complementaram os sons saídos de instrumentos mais comuns como guitarras, baterias e teclados. Agressiva qb, a música de Clinic seduz e provoca momentos de sublime melodia, e no Hard Club no final de cada música, palmas intensas faziam-se ouvir e sentir. O delírio era tal no fim do concerto que as exigências dos fãs resultaram em dois encores muito celebrados.
Apesar dos percalços ocorridos em Maio na altura da primeira edição do Indouro Fest, dois meses mais tarde assistiu-se no Hard Club ao fecho com chave de ouro deste festival, que deixa já a desejar a edição de 2016.
Texto: Joana Vaz Teixeira
Fotos: Miguel Pereira
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