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Edição 510

“Variante Inviável” e a “Circular” que não circular…

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Finalmente foi tornada pública a tão esperada solução do problema da “Variante da Trofa”, por parte do Sr. Primeiro Ministro de Portugal, Dr. Pedro Passos Coelho.
Com a carga de cepticismo que muitos Trofenses detêm relativamente ao investimento público na Trofa, fui a esta sessão na expectativa de conhecer a solução para o problema que ao longo do tempo (duas décadas) sofreu sucessivos avanços e recuos, que extravasam as cores partidárias. Mas se a solução estava encontrada, IMPORTAVA ANTES DE MAIS CONHECÊ-LA, PORQUE, PARA BEM DA TROFA, A CONCRETIZAÇÃO DA OBRA É NECESSÁRIA.
Mas, se acredito existir algum consenso quanto ao facto desta “circular” poder melhorar a situação do caos rodoviário na Trofa, criando um eixo alternativo, já apresento fortes reservas que esta seja a solução ansiada pelos Trofenses.
Ora vejamos:
1º. A “circular” que no dicionário será “Que tem forma de círculo; Cercar; Circundar” é tudo menos uma circular. “Um Eixo alternativo a EN14”, referiu o Presidente das Estradas de Portugal (EP), mais coerente a meu ver, mas que fundamentalmente é uma via de eixo simples, que abandona saídas desniveladas similares às vias rápidas, e desagua em rotundas iguais ao nosso tão desesperante “Catulo”. Esta é a proposta da “circular” apresentada, no receio que possamos vir a ter “Catulos 2, 3, 4”.
2º. Na apresentação pública, está escrito “A circular da Trofa para além de assegurar o desvio do tráfego do centro urbano (…)”, o que merece o meu regozijo, porque foi o motivo pelo qual se lutou pela Variante, tirar o trânsito pesado do centro. Verifico, no entanto no traçado proposto (nunca discutido), que o trânsito pesado de mercadorias passa, nesta “solução”, pela rotunda da escola EB 2/3 Napoleão Sousa Marques e segue pela actual Avenida 19 Novembro, junto à nova estação da Refer e do aglomerado habitacional aí existente. Esta zona será urbana ou rural? No anterior projecto este trajecto ligava à Variante para quem aí queria entrar/sair, agora faz parte integrante. Será partida de Carnaval, dado o corso carnavalesco ser nesse local?
3º. Quando o Primeiro Ministro afirma, “A Variante é inviável” e será feita a “libertação do espaço canal reservado no âmbito do processo original da variante à EN14 entre a Maia e Famalicão”. Caros trofenses, morre definitivamente a possibilidade futura de se transformar em Variante, ficando apenas como um “Eixo Alternativo”, sem segundas fases, possibilidade de expansão futura, e a passar pelo centro urbano da Trofa.
4º. Afirma-se que têm uma “solução económica, mas eficiente” passando de 190 milhões de euros para 36 milhões de euros, convenhamos um feito que merece aplauso. Lamento que se ignore a proposta de resolução de 2012 subscrita pelos 3 municípios que previa redução expressiva de custo com a variante, ficando com um “Eixo alternativo” porque temos que apertar o cinto. Obviamente percebo a necessidade de mudança de paradigma. Necessitamos cortar despesa, mas não percebemos o que é investimento estratégico. O Plano de investimentos da EP 2015-2020 contempla 886,3 milhões de euros de investimento, em que não é possível uma “Variante na Trofa”, porque só temos 36 milhões de euros. Continuamos a potenciar Zonas Industriais (vizinhas), com menor carga fiscal, novas acessibilidades que se traduzem em cada vez maior atractividade face à Trofa.
Percebo o lema “Trofa, o futuro passa aqui”, só lamento que não se consiga que o futuro se viva aqui.

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