Ano 2007
VARIANTES ÀS ANTIGAS EENN
Uma recente notícia, nas páginas deste jornal, dava nota que havia um problema relacionado com o projecto da variante rodoviária à Trofa.
Esse projecto teria encontrado dificuldades da natureza ambiental e, por isso, não estaria ainda aprovado.
Suponho que teve acesso à notícia em cima da hora porque a mesma não seria ainda do conhecimento do Presidente da Câmara.
Tudo indica que estamos numa fase intermédia desse projecto. Talvez na fase de consultas, e que, no seu decurso, tenham sido apontados alguns inconvenientes de natureza ambiental.
A insuficiência de informações, não me permite ter opinião sobre o parecer agora em causa
Não é objectivo deste artigo saber desses pormenores, mas considerar que as variantes às antigas estradas nacionais são das obras mais urgentes no nosso concelho.
Todos os centros urbanos de média dimensão estão já servidos por variantes que permitem desviar o trânsito de centro urbano.
Ora, sendo o processo da Trofa, um processo que já se arrasta desde o tempo em que a Trofa estava integrada no concelho de Santo Tirso, e os volumes de trânsito na Trofa não têm cessado de aumentar, a construção das ditas variantes são de grande urgência, sob pena de continuarmos a ter a Trofa as servir de funil ao trânsito, com todos os inconvenientes já conhecidos para os trofenses e para as pessoas que necessitam de atravessar a Trofa e que são cada vez mais.
É caso para dizer que, se tivessem sido construídas agora, já teriam chegado tarde porque temos o trânsito em quase permanente estrangulamento.
Sabemos que a sua construção será uma inevitabilidade. Os prejuízos da não existência de variantes não são exclusivos dos trofenses: todas as pessoas que atravessam a Trofa, mesmo não sendo aqui residentes, sofrem dos mesmos prejuízos.
Aliás, este não é um problema que diga respeito apenas aos trofenses e às pessoas que têm necessidade de cá passar. Está em, causa um problema mais vasto que é o da coesão regional.
Não me atreveria a chamar à colação a coesão nacional. Não quero correr o risco de cometer um exagero, mas não cometo qualquer exagero se falar em coesão regional.
Estamos integrados na Grande Área Metropolitana do Porto, que se pretende constituir como uma unidade social. Política e económica.
A GAMP é deficitária em termos coesão. As acessibilidades podem ser boas em muitos pontos do distrito do Porto e da Área Metropolitana.
Assim, não creio que o nosso problema seja um problema exclusivamente nosso, havendo autoridade política para reclamar solidariedade aos concelhos que integram a GAMP porque, em última análise, os seus munícipes também são prejudicados.
Quanto ao Governo, é demasiado evidente que terá todo o interesse, até político, em promover a coesão territorial e criar as condições para o desenvolvimento económico e social de todas as regiões do país.
Afonso Paixão
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