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Edição 484

Mais de cem bailarinas no espetáculo da Passos de Dança

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A Casa das Artes, em Vila Nova de Famalicão, encheu para ver o espetáculo final da Escola Passos de Dança, que se realizou na noite de segunda-feira, 28 de julho.

Após um grande tornado, Dorothy desperta numa terra estranha, onde a fada Glinda lhe mostra fadas, flores e borboletas que dançam e brincam com ela. A fada oferece-lhe uns sapatos vermelhos que são mágicos e protege-a da Bruxa do Oeste que a persegue para roubar o calçado. Decidida a voltar para casa, Dorothy segue a estrada amarela a caminho da cidade de Oz, onde encontrará um feiticeiro que a poderá ajudar. Pelo caminho, a menina conhece os amigos Espantalho, Homem da Lata e o Leão que a acompanham nesta viagem. Quando chega à cidade de Oz, o Feiticeiro dá-lhes o que tanto procuram e Dorothy despede-se de todos para voltar a casa, prometendo nunca os esquecer.

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Tal como a personagem que interpretou, Mafalda Diogo tem vindo a percorrer um longo caminho na Escola Passos de Dança na companhia de amigos, de quem agora se despede para seguir o seu sonho. Em setembro, a bailarina começa uma nova etapa na Northern School of Contemporary Dance (NSCD), estando com as expectativas “altas” porque quer “evoluir e crescer, não só na dança, mas em todos os níveis”, sendo que no futuro gostava de ter “uma carreira como bailarina contemporânea”.

Apesar de também ter sido selecionada para a Northern Ballet School (NBS) e Kate Simmons Dance Ltd., Mafalda optou pela NSCD por ser “uma escola que é focada no contemporâneo, embora tenha aulas de ballet clássico e tudo mais”, e porque, apesar de a guiar, a deixa “escolher o seu percurso”, o que para si “é muito importante”.

O Feiticeiro de Oz foi a apresentação principal do espetáculo da Escola Passos de Dança, que teve ainda a participação de Mariana Ribeiro enquanto Feiticeiro, bailarina que no ano passado ingressou na NBS. Para Mariana este ano foi “muito bom” e “diferente a todos os níveis”, em que a ida para Inglaterra “mudou” a sua vida, pois passou “a viver com amigos” e “dança a tempo inteiro desde as 9 e as 17 horas”. A bailarina contou que, além das “bases técnicas”, a professora Márcia “ensinou valores de amizade e interajuda, que teve muita sorte de encontrar lá”.

Além desta peça, o espetáculo contou com uma parte denominada “Fado Sentido”, em que as alunas, através da danças, fizeram uma “singela homenagem”, mostrando “várias vertentes do fado e a sua versatilidade”.

Embora “não” tivesse “muito tempo” para organizar o espetáculo, Márcia Ferreira, responsável da Escola Passos de Dança, contou que “foi engraçado”, pois “a primeira ideia” que teve “não tinha nada a ver”. “Ao programar as coisas fomos vendo que as ideias que tínhamos não se enquadravam muito e de repente surgiu a ideia e a partir daí todas as coisas se encadearam e foi mais simples”, explicou, salientando que “à medida que o tempo vai passando” as alunas “vão ajudando muito mais a nível coreográfico e tudo”, tendo o espetáculo corrido “muito bem a nível de organização”.

A responsável acrescentou ainda que “muitas ideias” apresentadas no espetáculo foram das alunas, iniciativa que “encoraja muito”, pois “quer sigam dança como não sigam, isto estimula a imaginação delas e o trabalho em equipa”.

Quanto à partida de duas alunas, que vão ingressar numa escola dedicada à dança, Márcia Ferreira sente “uma alegria muito grande de vê-las a concretizar o seu sonho”, mas também “um sentimento de perda, porque vão sair do seu ninho”.

Em setembro inicia-se um novo ano na Escola Passos de Dança, que vai “continuar com as aulas de ballet clássico, jazz e contemporâneo, manter aulas de pilates, yoga e zumba” e organizar “alguns workshops para as alunas de outros estilos de dança”, que vão “enriquecer o vocabulário delas”.

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