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Edição 482

Câmara apenas dá livros a alunos com “escalão”

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Foi aprovada na reunião de Câmara desta quinta-feira que a autarquia da Trofa não vai oferecer os manuais escolares a todos os alunos do 1.º ciclo. Sérgio Humberto adiantou ainda já ter visto do Tribunal de Contas para a obra de União dos Parques e anunciou a aquisição de um terreno para criar novo acesso à escola de Giesta 1 em Alvarelhos.

Foi na reunião do executivo municipal que decorreu esta quinta-feira, no edifício sede da Câmara da Trofa, que o presidente da Câmara, Sérgio Humberto, anunciou que, este ano, os livros escolares não serão gratuitos para todos. No ponto seis da ordem de trabalhos, foi discutido e aprovados com os votos contra dos socialistas os critérios que constam do regulamento de atribuição dos livros aos alunos que frequentam o 1.º ciclo nas escolas no concelho da Trofa. Joana Lima informou que os vereadores do PS se opõem à alteração da forma como vão ser atribuídos os manuais escolares pois consideram que “todas as crianças deveriam ter os manuais de forma gratuita”. Sérgio Humberto adiantou que a “Câmara não vai atribuir manuais gratuitos a pessoas que não necessitam”. “É este o nosso ponto de vista”, frisou Sérgio Humberto, ressalvando que “os alunos com escalão” continuarão a ter esse apoio.

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No período antes da ordem do dia, o edil deu conta de que o Tribunal de Contas deu visto para a empreitada de união dos Parques, adjudicada pela Câmara da Trofa à Edilages para levar a cabo as obras necessárias a acabar com as barreiras arquitetónicas, nomeadamente o atulhamento do canal da antiga linha de caminho de ferro e para onde está prevista a futura linha de metro da Trofa.

O edil chamou ainda à atenção de que a empresa Europa-Ar-Lindo “meteu um PER – Processo Especial de Revitalização”, afirmando esperar que isso não atrase mais as obras.

Questionado também, antes da ordem do dia, pela vereadora Joana Lima sobre quando recomeçariam as obras do Parque das Azenhas, Sérgio Humberto afirmou que está “na mão do empreiteiro”, que “já podia continuar a obra” à exceção dos trabalhos da empreitada de reparação dos danos causados pelas cheias, que são trabalhos a mais. A vereadora socialista adiantou estar preocupada com o facto de a obra estar parada há vários meses e questionou de quem é a responsabilidade, se da Câmara se do consórcio. O edil respondeu que o consórcio poderia e deveria ter continuado a obra, pois ainda há trabalhos a fazer, uma vez que não foi pedida a suspensão da mesma.

O executivo, pela voz do vereador da Cultura e Turismo, Renato Pinto Ribeiro, anunciou a compra por parte da autarquia de “todo o espólio do santeiro mestre Vinhas, pelo valor de 50 mil euros e que será guardado na Casa da Cultura o que lá se puder acomodar e o resto das peças serão acondicionados no armazém da Trofáguas”. Renato Pinto Ribeiro adiantou ainda que há vontade da Industrial da Trofa e da empresa Paulino e Filhos em vender as máquinas antigas que fazem parte da história da Trofa”. Já de acordo com Sérgio Humberto, “ou se fazia a aquisição ou aquilo ia para a sucata”. Já o vereador da Cultura, questionado por Joana Lima, informou que o “valor de aquisição das máquinas da Paulino e filhos será de 0,25 euros o quilo”.

Por seu lado, António Azevedo, vereador da Educação, adiantou que a Câmara assinou uma escritura para aquisição de um terreno para criar acesso à escola de Giesta nº1.

Durante a reunião foram ainda aprovados os subsídios a atribuir aos ranchos do concelho, no valor global de sete mil euros e foram deliberados os contratos-programa a fixar com a Associação Pombal-Rol no valor de 500 euros e ao Grupo Desportivo de Covelas no valor de mil euros.

No período do público, o munícipe Joaquim Azevedo colocou questões, uma delas relativamente à saída pedonal do Parque Nossa Senhora das Dores e alertou para o perigo da falta de um gradeamento que proteja os peões e questionou ainda como se poderá aceder à estrada nacional 14 em direção a Braga, uma vez que existe lá linha contínua.

O edil respondeu que “quem quiser ir para Braga deverá dar a volta ao quarteirão, em frente aos antigos bombeiros e não precisa ir à rotunda do Modelo como já disseram”.

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