Edição 481
Expotrofa. Uma marca com história de que os trofenses se orgulham.
Quem por estes dias visita a Trofa, não abdicará de uma visita ao principal certame do concelho, cuja marca já se tornou uma referência amplamente conhecida e respeitada a nível local, regional e até nacional. São décadas de experiência, know-how e bem fazer acumulados, que nos dias quentes e longos de julho exibem com mestria ao público o melhor que a Trofa tem e sabe fazer. Um investimento com repercussões e retorno quase imediatos na economia local. Um evento no qual todos os Trofenses sentem orgulho, pelo que não se deve poupar a esforços para o manter, valorizar e ampliar todos os anos. A imagem do concelho, das suas associações, dos seus artesãos, das suas empresas, fica reforçada e refrescada anualmente com este evento.
Mas o bom é sempre passível de tornar-se ótimo. A reduzida oferta ao nível da diversão na feira e nas imediações, a distribuição espacial sempre igual, o programa que no essencial pouco difere de ano para ano, a ausência das empresas de referência do concelho, a por vezes excessiva politização do certame, começam a transformar esta importante montra da Trofa em algo repetitivo e até um pouco monótono.
Era importante equacionar-se o enriquecer deste certame com algo mais. Algo inovador e apelativo, capaz de seduzir novos públicos e consolidar uma nova abrangência. É necessário ter diariamente algo novo e fresco, capaz de tornar a visita à Expotrofa, algo muito mais que a rotineira visita à Expotrofa. A Trofa e os Trofenses são capazes e sabem como fazê-lo.
A introdução de novos eventos desportivos (caminhadas, provas de atletismo, ciclismo, bbt – veja-se p.e. o sucesso do evento desportivo/solidário do passado domingo), de eventos culturais (feira do livro, apresentação de livros e autores locais, feira da música, feira de antiguidades, concursos fotográficos, concursos gastronómicos e de doçaria, concursos de artesãos, ateliers diversos, concentrações de motos e automóveis de outras eras, desfiles de moda de criadores locais, concursos de escultura aberto a amadores e escolas para a criação de obras de arte a serem instaladas posteriormente nos muitos espaços públicos da Trofa), a criação de espaços para teatro e cinema ao ar livre com programação diária, espaços próprios para cada uma das freguesias exibir com as devidas condições e empenho o seu património e a sua cultura, um centro interpretativo do castro de Alvarelhos com exibição de algum do espólio arqueológico aí encontrado e palestras sobre o castro, espaço excelência e inovação e criatividade, espaço para a exposição de ideias, maquetes e de protótipos sobre o que poderia ser o futuro do nosso concelho aberto à participação de todos os munícipes, a apresentação e debate público de ideias e projetos que o município equaciona desenvolver no futuro, são exemplos de tónicos que poderiam enriquecer ainda mais este certame nos próximos anos.
As empresas de referência do concelho também não deviam ficar de fora. São por mérito próprio referências industriais de que todo o concelho se orgulha. Preh, Bial, Metalogalva, Brasmar, Frezite, Eurico Ferreira, Altronix, Mecanarte – entre muitas outras igualmente produtivas e inovadoras – deveriam ser formalmente convidadas e persuadidas a participar. Com a sua vasta experiência, com a demonstração dos seus produtos e serviços acrescentariam real valor a este certamente e à marca Trofa. Os seus stands seriam excelentes montras para a comunidade dos produtos e dos processos de fabrico que garantem a competitividade e a excelência “Made In Trofa”. O convite para diariamente uma dessas empresas fazer uma workshop /demonstração no espaço reservado à excelência e inovação e criatividade, ampliaria o interesse da visita e conquistaria novos públicos muito para além das fronteiras do concelho. Na era da sociedade da informação, uma correta partilha de experiências e de conhecimento, por vezes é a verdadeira alma do negócio.
Independentemente do espaço onde se realizará a Expotrofa nos próximos anos, é sim necessário não deixar cair este evento no amorfismo e na monotonia. É importante continuar atrair novos visitantes, fidelizar os habituais e levar esta festa e montra do concelho mais além. Torná-la maior, melhor e mais reconhecida. Traduzir o investimento nela empregue em prestígio, notoriedade e em novas oportunidades para todo o nosso concelho.
Gualter Costa
Coordenador Concelhio Bloco de Esquerda Trofa.
gualter.costa@outlook.com
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