Edição 459
Fotografias para promover apadrinhamento de crianças desfavorecidas
Silvano Lopes expõe no FIJE seleção de fotografias que tirou em Moçambique, para promover atividade de uma Organização Não Governamental.
Tudo começou em outubro de 2013, quando Silvano Lopes deixou o conforto de casa e partiu para Moçambique, ancorado no desejo de ver cumprida uma ação solidária: promover o apadrinhamento de crianças desfavorecidas.
O contributo passou por divulgar a atividade da Organização Não Governamental (ONG) “Um Pequeno Gesto”, através da área multimédia, na qual está inserido. De lá saiu com um acervo de fotografias e vídeos que permitiram fazer um documentário sobre as carências vividas pelas crianças de Moçambique. Uma vez que o projeto começou com a divulgação na Casa da Cultura, local onde se realizaram vários workshops para a angariação de fundos para custear a viagem, Silvano Lopes quis “mostrar o resultado final”. “Há cerca de dois anos e meio apadrinhei uma criança e desde aí fiquei com vontade de ajudar a instituição, promovendo-a através de fotografia e vídeo. Tentei arranjar patrocínios e apoios, foi bastante complicado, mas não desisti da viagem. Fui para o terreno filmar e fotografar, dando a conhecer às pessoas a realidade vivida em Moçambique”, frisou, em declarações ao NT.
De centenas de fotografias, Silvano Lopes escolheu 20 para figurar na exposição que está no FIJE (Fórum de Inovação e Jovens Empreendedores), no Edifício Terraços do Infante, na Rua. Infante D. Henrique, até 28 de março. “Todas as fotos me marcaram e é difícil escolher uma só. Foi muito complicado escolher sozinho as que iam fazer parte da exposição”, confessou.
Da experiência que viveu em Moçambique, Silvano Lopes diz com certeza que “quem vai, volta diferente”, porque “vive-se numa realidade que não tem nada a ver com a Europa”. “É complicado lidar com certas situações, mas tudo se ultrapassa”, acrescentou.
Através da “Um Pequeno Gesto”, Silvano Lopes apadrinhou Xavier, com cerca de dez anos, a quem dá uma mesada para a sua alimentação, estudos e despesas médicas. Está com “muita vontade de voltar”, mas é difícil do ponto de vista financeiro. “Seria necessário o apoio de algumas pessoas. A parte mais ingrata deste projeto é que estive quase um ano a pedir apoios, a fazer pedidos de troca de serviços e nunca consegui ter qualquer tipo de ajuda a não ser da Casa da Cultura. Era bom que as pessoas tivessem mais sensibilidade e vissem as coisas de forma mais alargada”, desejou.
Quem estiver interessado em conhecer mais sobre “Um Pequeno Gesto” e sobre apadrinhamento de crianças desfavorecidas, pode visitar o site da instituição, em www.umpequenogesto.org.
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