Edição 457
A biblioteca escolar “é a maior sala de aula da escola”
Auditório da Escola Secundária da Trofa esteve repleto para o debate “O papel das bibliotecas escolares na aplicação das metas curriculares”, que se realizou no dia 16 de janeiro.
“A biblioteca escolar é a maior sala de aula da escola”. A citação fez parte da apresentação de Elsa Conde, da Rede de Bibliotecas Escolares do Ministério da Educação, que durante o seminário “O papel das bibliotecas escolares na aplicação das metas curriculares”, abordou as temáticas da “Biblioteca Escolar, Currículo e Literacias”.
Esta sessão, que tinha como público-alvo professores e professores-bibliotecários, contou ainda com a presença de Rosa Mesquita, professora e formadora na área das metas curriculares, Fernando Pinto do Amaral, Comissário do Plano Nacional de Leitura, e António Pires, Coordenador Interconcelhio da Rede de Bibliotecas Escolares, como moderador.
O comissário do Plano Nacional de Leitura referiu, em entrevista ao NT, que esta foi “uma reflexão sobre estes temas da leitura e da sua promoção”, na busca de formas de como colocar “os jovens a ler”. “São questões quase eternas, pois não há receitas, fórmulas mágicas, nem uma varinha de condão que transforme um jovem que não leia ou leia pouco num grande leitor. Mas há estratégias que podem ser utilizadas e há, sobretudo, que criar condições para isso, ou seja, se o jovem tiver à sua volta um ambiente que favoreça a leitura e se tiver os livros e outros materiais digitais ou de suporte é meio caminho andado para que se torne um leitor”, sublinhou.
Para Fernando Pinto do Amaral, o papel das bibliotecas escolares é “muito importante” e “fundamental” para “qualquer atividade de promoção de leitura nas escolas e no sistema educativo”. Apesar de existir “muitos materiais na internet”, é necessário, “muitas vezes, um espaço físico na escola” que seja “dedicado à leitura, privilegiado e especial, onde os alunos podem ter uma dimensão interior e de reflexão”, sendo esse espaço a biblioteca escolar, asseverou.
Fernando Pinto do Amaral afirmou ainda que o Plano Nacional de Leitura está “em estreitíssima conjugação com as bibliotecas escolares”, sendo que, “uma boa escola em Portugal para desempenhar as suas funções essenciais no que toca à leitura precisa sempre de uma boa biblioteca”, pois sem ela “não pode funcionar”.
O vereador do pelouro da Cultura do município da Trofa, Renato Pinto Ribeiro, mencionou que esta iniciativa é “bastante importante”, uma vez que as bibliotecas escolares assumem “um papel mais importante, atendendo também às dificuldades que os próprios jovens e famílias hoje em dia vão atravessando”. Além disso, para o vereador é necessário “promover a utilização e debater sobre esse princípio e essas dificuldades que afetam todas as famílias”, para que se possa “proporcionar aos estudantes uma fonte de complemento para a sua formação”. “É a primeira iniciativa e a sala está repleta com gente de vários concelhos e esperemos que tenha o sucesso que perspetivamos. Isto dá ânimo e força para pensar na próxima”, acrescentou, explicando que esta atividade tinha como objetivo “promover e incentivar as bibliotecas no sentido de proporcionar o melhor ensino, a melhor formação, o melhor acesso à informação e complemento dos estudantes”.
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