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Edição 457

Espetáculo para ajudar Inês rendeu “mais de 11 mil euros”

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O Complexo Municipal de Ténis da Maia foi palco do megaconcerto de solidariedade para ajudar Inês Reis, de 15 anos, que sofre de um tumor raro. Fundos angariados vão contribuir para que a jovem continue os tratamentos na Alemanha.

 A onda de solidariedade em torno de Inês Vilarinho Reis cresceu e refletiu-se no espetáculo que duas professoras organizaram para ajudar a jovem de 15 anos de S. Romão do Coronado, que sofre de um tumor raro.

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As docentes deram o primeiro passo para este megaconcerto, mas acabaram por contagiar toda a comunidade educativa da Escola do Castêlo da Maia, que se envolveu na organização da iniciativa, que se realizou no Complexo Municipal de Ténis da Maia, na tarde de domingo.

Vários nomes conhecidos do mundo artístico português, como Quim Roscas e Zeca Estacionâncio e o grupo X4U (que participou no programa da Sic “Factor X”) aderiram à iniciativa e mostraram o apoio por esta causa, que visa levar a Inês a uma clínica em Duderstadt, Alemanha, para completar os tratamentos de imunoterapia, uma vez que os seis ciclos de quimioterapia a que foi submetida não fizeram efeito.

Além do valor dos bilhetes vendidos, a organização ainda conseguiu angariar fundos através de um leilão de um tablet e da venda de rifas na Escola do Castêlo da Maia. De acordo com as declarações de Rosa Vilarinho, mãe de Inês, foram conseguidos “mais de 11 mil euros”, que vai contribuir para que a jovem, que sofre de um carcinoma mioepitelial de partes moles da região lombar e é uma das três dezenas de casos no mundo, cumpra a segunda fase dos tratamentos na clínica de Duderstadt, que aposta nas vacinas de células dendríticas. Este tratamento foi criado no princípio biológico em que a ideia passa por reprogramar o sistema imunitário dos doentes oncológicos para que as células saudáveis matem as doentes. O objetivo é retirar os monócitos do doente e fabricar, em laboratório, células dendríticas que, quando colocadas em contacto com a informação tumoral e, posteriormente, reinjetadas no corpo, alertam o sistema imunitário que, por sua vez, destrói o tumor.

Sem conseguir avançar com um número exato de espectadores, Rosa Vilarinho, que ainda foi trabalhar de manhã, chegou ao complexo municipal e apercebeu-se “que muita gente comprou bilhetes, mas não entrou, ou seja, deu o donativo sem assistir ao espetáculo, assim como muita gente que estava presente e trazia dinheiro de outros amigos e familiares que não estariam presentes, mas quiseram contribuir”.

“A ideia do megaconcerto partiu da professora Raquel e da professora Júlia, que deram aulas à Inês o ano passado. Elas acabaram por conseguir arrastar toda a escola e o evento estava muitíssimo bem organizado”, frisou.

Para a mãe da jovem, o momento “mais emocionante” do espetáculo foi quando a Tuna Masculina da Universidade Católica “chamou a Inês ao palco e lhe dedicou a serenata”.

Inicialmente, Inês – que durante muito tempo quis esconder a doença para “que não tivessem pena dela” – não queria ir ao espetáculo e, seguidamente, aceitou ir, mas de forma anónima. No entanto, a magia da solidariedade acabou por a contagiar. “Ela envolveu-se com a organização, foi para o backstage conhecer as pessoas que iam atuar e subiu ao palco. Estava muito alegre e divertida”, contou.

Rosa Vilarinho afirmou ainda que se têm multiplicado as mensagens de apoio à jovem. Se também quiser contribuir pode fazer um donativo para o NIB 0038 0360 30014094771 15. A mãe da jovem não sabe quanto precisa para pagar a imunoterapia da filha, uma vez que depende dos resultados dos três tratamentos programados.

Se quiser continuar a acompanhar a história da Inês pode fazê-lo através da página de Facebook, em www.facebook.com/ines.raiodeluz.

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