Edição 447
Cinco anos a Crescer em Família
A CAFAP – Crescer em Família comemorou na tarde de sexta-feira, dia 8 de novembro, o seu 5º aniversário.
“Filho és, pai serás. Conforme fizeste, assim serás!//Criança mimada, criança estragada.// Deitar cedo e cedo erguer dá muito sono.// Mais vale tarde, que muito mais tarde!” Estes foram alguns dos provérbios que fizeram parte de um jogo de puzzle, onde os participantes tinham que formar letras, encontrando a outra metade do provérbio, e de seguida construir palavras. No final podia ler-se “CAFAP Crescer em Família”.
Foi assim, que o Centro de Apoio Familiar e Aconselhamento Parental (CAFAP) – Crescer em Família, uma das valências da Associação de Solidariedade e Ação Social de Santo Tirso (ASAS), celebrou o quinto aniversário. A Casa da Cultura foi o ponto de encontro que juntou os técnicos das várias entidades relacionadas com a ação social, que foram convidados a exprimir os seus desejos através da escrita, e que posteriormente foram colocados num mural.
Para a coordenadora desta valência, Tânia Sampaio, que “enquanto técnica” está desde a sua fundação neste projeto, estes cinco anos foram de “muito trabalho e crescimento”, uma vez que a CAFAP – Crescer em Família é uma resposta social, que surgiu quando “não havia regulamentação”, tendo que ser esta valência a “criar instrumentos e a ir trabalhando as técnicas de intervenção”. “São cinco anos de muita aprendizagem, de muito trabalho, a proteger muitas crianças, a tentar que se mantenham nas famílias delas, que é o nosso objetivo”, afirmou.
A ideia do jogo para celebrar o aniversário surgiu, porque “cada entidade” com quem a CAFAP trabalha é “uma peça do trabalho”, pois são “elas que a ajudam a crescer”. “A ideia era que elas simbolizassem a construção do nosso trabalho com um puzzle do nosso nome e onde colocamos provérbios alusivos à família, uns mais engraçados para também criar alguma diversão e no fundo para reforçar o nosso trabalho, daquilo que são alguns dos mitos do nosso trabalho, que são obstáculos porque são mitos que lá estão”, explicou.
Tânia Sampaio fez um balanço “muito positivo” destes cinco anos, pois, sendo o “âmbito de trabalho muito complicado, com famílias de muitas dificuldades”, os técnicos sentem “cada sucesso” que têm quando “uma família tem alta”, porque é sinónimo que conseguiram “proteger aquela criança”.
Para a presidente da ASAS, Helena Oliveira, esta é uma valência “muito importante, porque faz o acompanhamento das crianças em risco e sinalizadas na sua própria casa”. O principal objetivo é que os menores “nunca venham a ser retirados dos pais e que sejam os pais a serem reeducados para que os comportamentos se alterem e que a família possa passar de disfuncional a funcional”.
Neste momento, a CAFAP – Crescer em Família está a acompanhar “123 crianças na Trofa”, com “situações muito primitivas”. “Acho que se tem recuperado bastantes crianças e bastantes famílias e, por isso, estamos num bom caminho”, concluiu.
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