Edição 439
O DEBALDE SOCIAL DA DIREITA NEOLIBERAL
Estamos a apenas alguns dias do dia de uma grande decisão. Uma decisão que tomaremos em apenas dez segundos, mas que tem o poder de moldar o nosso futuro coletivo não apenas nos próximos quatro anos, mas talvez durante várias gerações. Estas são mais que umas simples eleições autárquicas. Estas serão o primeiro escrutínio popular às políticas de destruição da economia, às privatizações a preço de saldo, ao desmantelamento do Estado Social, à aniquilação da Autonomia Local. Políticas impostas pela troika e que estão a ser implementadas no terreno pelas estruturas nacionais e locais de PSD e CDS.
As políticas experimentalistas e fraticidas da troika, com as quais Paulo Portas e Passos Coelho, continuam a montar o seu próprio “Frankenstein”, remetam já mais de 300.000 portugueses para o desemprego. Convidaram largos milhares de cérebros bem treinados e formados a um êxodo forçado e a preços promocionais (para países estrangeiros que concorrem diretamente connosco no mercado global). Abriram a porta a negociatas multimilionárias com empresas desconhecidas do outro lado do mundo, sedentas de países em saldo, sem qualquer tipo de contrapartidas devidamente salvaguardadas. Delapidam diariamente o bem comum e o Estado Social.
Tais devaneios financeiros, há muito arquitetados pelas máquinas da direita neoliberal e populista, continuam a condenar Portugal (e outros países Europeus) à miséria, ao retrocesso, ao sofrimento. Estão a obrigar os municípios a canalizarem uma parte significativa das suas receitas para uma cada vez mais necessária e abrangente resposta local à crise.
Estes são os custos não previstos das aselhices e dos experimentalismos, que estão a ser hoje imputados às famílias, mas também aos municípios, condicionando-os na sua normal atuação, afastando-os dos cidadãos, condenando os seus planos de desenvolvimento futuros, empurrando-os para uma forçada e penosa insolvência. Assim, o velho sonho da direita neoliberal de extinção de inúmeros municípios será em breve realizado. Neste cenário, a Trofa pela sua situação financeira será um alvo preferencial destas políticas de direita da troika. Defender o nosso concelho, é algo que só possível com uma verdadeira aposta na Esquerda.
É necessário inverter este paradigma de destruição e de miséria. Uma inversão que deve iniciar-se já no próximo dia 29 ao nível local. É imperativo virar à Esquerda também na Trofa. Urge também, derrotar a demagogia e a insensatez do apoio social da direita na resposta à crise (que a direita tem vindo a criar). Envergonham-se do desastre das políticas da direita neoliberal quando discursam em terras trofenses mas apoiam-nas incondicionalmente em Lisboa. Veja-se o apoio na redução dos subsídios a pensionistas e desempregados, o ataque ao trabalho e ao emprego com as privatizações e fusões, os cortes salariais (que estão a retirar confiança aos consumidores e a congelar toda a economia), o ataque à escola pública (com dispensa de dezenas de professores no nosso concelho), veja-se a oposição de PSD e CDS na expansão do Metro até à Trofa. É humanamente impossível numa só campanha eleitoral camuflar tanta mentira e tanta hipocrisia. É humanamente impossível digerir tanta paranoia e esquizofrenia social.
Para responder às inúmeras carências que as políticas da direita neoliberal estão a criar também no nosso concelho, o BLOCO DE ESQUERDA DA TROFA não necessita de demagogias ou populismos eleitorais. Fomos pioneiros ao assumir como principal prioridade da nossa atuação a resposta à crise e à emergência social no nosso Programa Eleitoral Autárquico.
Neste âmbito, o BLOCO DE ESQUERDA TROFA sempre propôs medidas concretas e exequíveis, como o reforço do apoio mensal com bens de primeira necessidade (alimentação e higiene) às famílias mais carenciadas. Ajudas nos pagamentos de despesas mensais essenciais (água, luz e saneamento) às famílias que já não conseguem suportar esses encargos mensais. Criação de cantinas e banhos públicos em todas as freguesias. Cantinas escolares abertas durante todo o ano (inclusive nos períodos de férias). Apoio na aquisição de medicamentos a idosos e pessoas com doenças crónicas em situação de carência. Rastreios de saúde periódicos em todas as freguesias. Oferta de livros escolares até ao 12º ano e criação de uma bolsa municipal de manuais escolares. Bolsa de móveis e eletrodomésticos em bom estado de conservação e de funcionamento, que possam ser reutilizados. Serviço municipal para a realização de pequenas reparações domésticas às famílias necessitadas e a idosos.
No BLOCO DE ESQUERDA TROFA entendemos que de nada servem as faraónicas obras de fachada ou os milionários embelezamentos supérfluos, se tivermos por detrás das portas no nosso concelho famílias a passar fome, pais e jovens desempregados, idosos privados de medicamentos ou crianças sem livros escolares. Lutamos por uma nova oportunidade para a Trofa, assente na justiça social, no retomar dinamismo económico, na solidariedade e na igualdade de oportunidades para todos os Trofenses.
Gualter Costa
Coordenador Concelhio Bloco de Esquerda Trofa.
gualter.costa@outlook.com
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