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Edição 428

Lavradeiras organizaram festival na antiga estação

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Rancho das Lavradeiras da Trofa dinamizou este sábado, dia 15 de junho, o 22º Festival Etnofolclórico do grupo, na antiga estação da CP.

 O serão foi aproveitado pela Dona de Casa para convidar algumas moças a trabalhar numa das fases de tratamento do linho: o espadelar. Enquanto o linho é batido pelas moças com as espadelas, para tirar os tomentos, outras moças e moços animam o trabalho com danças e músicas. Uma ocasião também aproveitada pelos moços para namoriscar, enquanto elas trabalham e, caso tenham sorte, roubar a maçã escondida nos espadeladores.

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O espadelar do linho foi a recriação escolhida pelo Rancho das Lavradeiras da Trofa para a abertura do Festival Etnofolclório do grupo, que teve lugar na antiga estação da CP na Trofa, na noite de sábado.

Além do grupo anfitrião, o festival contou com as atuações dos ranchos da Região de Leiria, Regional da Casa do Povo, de Ílhavo, Grupo de Folclore “Terras de Arões”, de Vale de Cambra, e do Grupo Etnográfico Danças e Cantares da Nazaré.

Para o presidente do Rancho das Lavradeiras da Trofa, Luís Elias, o festival “correu dentro das expectativas”, tendo em conta que estavam “fora do ambiente natural”, referindo-se ao Parque Nossa Senhora das Dores, onde “tradicionalmente” é organizado. Contudo, e apesar da mudança do espaço e o decurso de duas atividades simultâneas, Luís Elias estava satisfeito e surpreendido com a adesão do público que foi “enorme”. “É bom sinal, significa que as pessoas gostam de folclore e, mesmo fora do seu habitat natural, vieram ver o espetáculo”, asseverou.

O presidente revelou o cuidado que o Rancho tem nas escolhas dos grupos participantes neste festival. “Entendemos e defendemos há muitos anos, que não é a atuar à porta de casa que as pessoas nos conhecem e conhecem os nossos usos e costumes. Devemos atuar fora do nosso habitat natural e trazer à Trofa grupos de fora e de longe, para que as pessoas conheçam outras culturas, e hábitos”, explicou, salientando que esta “dispersão geográfica” permite “um conhecimento muito maior das tradições do nosso País”.

Quanto ao folclore no concelho da Trofa, Luís Elias é perentório: “Está vivo e para durar”. “Felizmente os grupos estão ativos e com qualidade e, assim, o folclore no concelho tem futuro”, concluiu.

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