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Edição 418

Alunos estudam rio Mamoa

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Ao abrigo do Projeto Rios, os alunos da Escola Básica da 2/3 de S. Romão do Coronado fizeram a sua primeira saída de campo ao rio Mamoa.

Foi num espírito animado, que 43 alunos da Escola Básica 2/3 de S. Romão do Coronado fizeram a primeira saída de campo ao rio Mamoa, ao abrigo do Projeto Rios, que se baseia na adoção de um troço de um rio, fazendo desse local um laboratório natural de aprendizagem e de partilha de conhecimentos entre a comunidade.

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A chuva deu tréguas durante a maior parte da visita, dando oportunidade às duas turmas do 9º ano de conhecerem in loco as matérias abordadas na sala de aula.

Diogo Fernandes, aluno do 9º A, contou que, durante a primeira visita, esteve a ver o rio e a “descobrir os insetos, plantas e árvores” que tinha ao seu redor. Para o aluno, esta é uma forma de “aprender divertidamente fora do espaço escolar”, a matéria que aprende na sala de aula.

Esta opinião partilhada pela colega Joana Ferraz, aluna do 9º B, que gostou “muito” de participar nesta “proposta criativa”. “Acho bom, pois assim interagimos com a natureza e é mais fácil aprender”, acrescentou.

A visita de campo teve como monitor o coordenador nacional do Projeto Rios, Pedro Teiga, que contou que nesta primeira saída ao rio Mamoa, pretendia-se “conhecer a biodiversidade que existe no espaço, as características hidráulicas do caudal, a quantidade de água que passa neste local e as espécies que aparecem”. Esta visita também serve para os alunos tenham conhecimento dos “principais problemas” existentes na área envolvente ao rio Mamoa, para que depois possam contribuir para a “resolução”. “Por exemplo, um dos aspetos que se detetou foi a ausência de vegetação ribeirinha, o que aponta, por exemplo, para a plantação de árvores ao longo das margens do rio e, desta forma, promover o ensombramento e espaço para nidificação das diferentes árvores (espécies)”, exemplificou.

O Projeto Rios, conta, a nível nacional, com “150 quilómetros de rios adotados” e com “300 grupos”, dos quais “236 são escolas”, é a “materialização do conhecimento dentro da sala de aulas”. Para Pedro Teiga, é nas escolas que “facilmente o projeto pode ser implementado e colocado em prática” através das teorias aprendidas, com a “transformação do rio como um laboratório natural de aprendizagem”.

Celeste Osório, professora coordenadora do projeto Eco-escolas e Rios, mencionou que a terceira edição desta iniciativa demostrou a “importância das zonas ribeirinhas” e a “necessidade das escolas estarem envolvidas com o meio”, para que os alunos percebam que “aquilo que estudam nos manuais existe à sua volta”. Para a professora, é “importante” que os alunos pensem em “preservar o planeta”, mas, em “primeiro lugar o espaço onde vivem e onde se localiza a escola”.

Mesmo reagindo “bem” e aderido “facilmente” ao estudo do rio Mamoa, Celeste Osório afirmou que o grande problema é verificar se, “no futuro”, os alunos se tornam “cidadãos ativos, responsáveis, empreendedores e interessados em desenvolver este tipo de ideias”.

Para José Faria, presidente da Comissão Administrativa Provisória (CAP) do Agrupamento de Escolas do Coronado e Covelas, “todos os projetos no âmbito do Eco-escolas são valiosos”, uma vez que “sensibilizam os alunos para a conservação do ambiente e dos ecossistemas”. “São iniciativas ótimas, que vejo-as, indiscutivelmente, como uma mais-valia para os alunos. Até porque é uma sensibilização transversal, pois passa dos alunos para as famílias. Temos toda uma comunidade envolvida em vários projetos de defesa do ambiente”, denotou.

Recorde-se que este projeto foi proposto pela empresa Savinor há cerca de três anos, com o objetivo de sensibilizar os alunos para a “questão da despoluição dos rios e pelo cuidado da água”, criando “um clima e ambiente de entreajuda e de camaradagem”.

Como o projeto tem sido bem acolhido, a Savinor decidiu manter o apoio nos “mesmos moldes que já tem vindo a ser feito”. “Os alunos são novos, por isso é mais uma oportunidade para estes conhecerem o projeto que é realmente bastante credível e importante para estas camadas juvenis se sentirem sensibilizadas para estas causas”, concluiu Inês Nabais, diretora de marketing da Savinor.

Depois desta saída de campo, os alunos vão juntar todos os conhecimentos interdisciplinares, para depois apresentarem à comunidade educativa, no dia 29 de abril.

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