Ano 2011
Colheita de sangue para medula óssea supera expectativas (c/video)
Não houve kits suficientes para todos aqueles que acorreram ao Cenfim na terça-feira, para ajudar a Sara, o Gustavo e todos os meninos, jovens e adultos que precisam de um dador de medula óssea.
“Hoje precisam umas pessoas, amanhã podemos precisar nós, foi por isso que vim cá”. A afirmação, de Sara Gil, dadora de medula óssea, espelhava o sentimento de todos os que esta terça-feira, dia 22, se deslocaram ao Cenfim para participarem nesta colheita de sangue.
“O pensar nos filhos” fez também com que Ângela e Paulo Vaz saíssem do trabalho às duas da tarde e esperassem pacientemente, cerca de hora e meia, na fila para também eles se poderem tornar dadores de medula óssea: “Tivemos conhecimento pela firma, que colocou lá o cartaz da menina e tomamos a iniciativa de vir cá”.
Visivelmente satisfeito, José Carneiro, responsável pelo pelouro do sangue do Lions Clube da Trofa, admitia que não contava com tantos dadores, “o que é muito bom, não só para a Sara, mas também para outras pessoas”.
A pequena Sara tem sete anos e foi-lhe diagnosticada uma síndrome mielodisplático e precisa de transplante de medula óssea para ficar curada.
O apelo, colocado um pouco por todo o lado, fez com que mais de meio milhar de pessoas quisessem ajudar, contudo apenas 408 ficaram inscritos, uma vez que os outros, “mais de cem”, foram embora “por falta de kits de recolha”, informou o responsável do Lions.
O caso de vida do Gustavo, filho do jogador de futebol português Carlos Martins, sensibilizou os portugueses, que acorreram para ajudar o menino…e todos os outros que também necessitam de um dador. É que ao fazer a recolha, o tipo de sangue do voluntário fica armazenado numa base de dados que está acessível para todo o Mundo. José Carneiro reconheceu que “o mediatismo ajudou muito” e que “aqui pode resultar uma colheita compatível com o filho de outra pessoa”.
Este tipo de colheitas para medula óssea não é novidade para o Lions Clube da Trofa, que foi “o primeiro clube lionístico a promover uma colheita deste género”, recordou.
A pensar nesses que não se poderão tornar dadores esta terça, o Lions marcou já nova colheita para o dia 17 de dezembro, às 9 horas nos Bombeiros Voluntários da Trofa, que coincide com outra recolha de sangue já agendada para o Hospital de S. João.
Para ser dador, e segundo Cecília Mendes, técnica de análises clínicas, a trabalhar nesta recolha, “basta ser saudável e ter entre 18 e 45 anos” e… não dói nada.
Lions promove colheita e jantar
O Lions Clube da Trofa vai realizar mais uma colheita de sangue em Ribeirão. Esta iniciativa vai decorrer no sábado, dia 26, entre as 9 e as 12.30 horas, na Escola EB 2/3 de Ribeirão. O sangue recolhido nesta colheita vai ser doado aos doentes do Hospital de S. João, no Porto.
Também no mesmo dia, o Lions vai realizar, pelas 20 horas, um jantar de beneficência na Casa da Agra – Ribela, na Maia. As receitas angariadas neste evento vão reverter a favor das obras de solidariedade social e beneficência da instituição. Para mais informações deve contactar a instituição através dos seguintes telemóveis: 968 104 805 / 911 506 588 / 926 685 373.
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