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Ano 2011

Trocou indústria por agricultura biológica (c/video)

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A agricultura biológica assume-se cada vez mais como uma alternativa no dia a dia de todos. Na Trofa, esta é uma forma de cultivo assumida por algumas pessoas, como Joana Teixeira, que criou o seu Cantinho Biológico.

Joana Teixeira é uma jovem trofense que, há cerca de ano e meio, deixou o cargo que ocupava há meia década numa empresa têxtil para abraçar dois novos projetos, que lhe consomem o tempo todo: a filha e uma quinta biológica.

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Por influência da mãe, desde pequena que esta jovem esteve ligada à agricultura. Prestes a ser mãe, esta trofense decidiu juntar o útil ao agradável e dedicar-se de corpo e alma à sua filha e à agricultura biológica. Uma agricultura que Joana defende como sendo “muito mais amiga do ambiente e muito melhor para a saúde”.

No Cantinho Biológico encontra-se, essencialmente, produtos da época e da região: “O ano passado plantei no pomar macieiras, pereiras, ameixoeiras, pessegueiros, romanzeiras, diospireiros. Relativamente às hortícolas, tenho tomates, feijão-verde, courgette, nabiça, tremoço, grão-de-bico. Tento ter um bocadinho de tudo para abranger um cabaz e ter um produto de cada”, referiu orgulhosa a proprietária.

As principais diferenças entre a agricultura biológica e o cultivo a recursos químicos passam essencialmente por “respeitar o solo, o ambiente, a saúde e o clima”. Mas nem tudo neste projeto são rosas: “Convencer as pessoas a experimentar é, certamente, o mais difícil, porque depois de provarem, sentem que o sabor é diferente”, admite Joana. O facto de este tipo de agricultura ser mais cara para o consumidor é por vezes um entrave. Joana tenta dar a volta à situação através dos recursos que tem para fazer os “pesticidas naturais” e combater as pragas. Para isso a agricultora utiliza por exemplo “fetos, caldas de sabão rosa, vinagre, cravo xarope”.

Tudo o que esta licenciada em Engenharia de Gestão Industrial sabe hoje deve-se a “alguma formação, muito gosto pela área e essencialmente muita pesquisa”.

Com evidentes preocupações ambientais, Joana Teixeira recorre ao método da compostagem para fazer fertilizantes que usa no Cantinho Biológico. “A compostagem pode ser feita com folhas, cascas, estrume, palha, aparas de relva, entre outras coisas e pode demorar entre seis meses e um ano”, explicou sucintamente.

A agricultora conhece bem os truques e segredos da agricultura biológica, mas para comercializar os seus produtos precisa de ter certificação. Este processo é feito por uma entidade que se desloca à quinta biológica para avaliar vários aspectos e emitir, posteriormente, a certificação.

Joana Teixeira é sócia da ADAPTA, a Associação de Defesa do Ambiente e do Património da Trofa, que pretende criar um mercado biológico na Trofa. Os primeiros passos na área da comercialização já foram dados por Joana. Nem sempre tem sido fácil, mas a agricultora admite não desistir e adianta ainda que o próximo objetivo que pretende concretizar é “a produção de vinho através de uvas biológicas”.

cantinhobiologico@gmail.com, do contacto telefónico 936643117, ou ainda pode sempre visitar o cantinho biológico, que fica situado no Lugar de Mosteirô, na Rua Poeta Sá de Miranda.

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