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Ano 2011

Presidente da Junta quer intervenção rápida e definitiva na EN318

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Carlos Martins sabe que a requalificação da EN 318 já está incluída no orçamento, mas espera que seja executada o mais rapidamente possível. Moradores também desesperam por uma solução definitiva e ponderam manifestar-se.

O problema dos buracos da Estrada Nacional 318, no Muro, continua a deixar descontente todos aqueles que utilizam esta acessibilidade. Se para os condutores se trata de um verdadeiro teste à astúcia e resistência das viaturas, para os moradores é caso para ficar com os cabelos em pé.

A intervenção feita para tapar os buracos no inverno há muito que deixou de ser uma solução. O assunto foi novamente colocado em cima da mesa da Assembleia de Freguesia e Carlos Martins, presidente da Junta, dá voz aos murenses, defendendo uma intervenção rápida e definitiva para o fim do calvário.

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“Esta é uma estrada muito movimentada, porque tem uma série de indústrias, que obrigam a um elevado movimento de camiões e andamos sempre a reparar os buracos, com remendos em cima de remendos, e o que se gastou a tapar buracos já dava para uma estrada nova”, considera o autarca.

Carlos Martins referiu ainda uma reunião que teve com o presidente da Câmara Municipal da Maia, Bragança Fernandes: “Ele ficou admirado de isto não estar pronto e até se disponibilizou a ser ele a arranjar. Isto fica mal para nós, que sejam os de fora a vir arranjar a nossa casa”, frisou.

E para além dos buracos na estrada, o autarca referiu ainda outro problema: “No cruzamento (junto aos semáforos) têm havido acidentes violentíssimos. E os camiões TIR veem-se à rasca para fazer ali as manobras”. Este é um dos motivos pelos quais Carlos Martins defende a construção de uma rotunda no lugar do cruzamento.

Apesar de a obra da requalificação da EN 318 estar contemplada no orçamento deste ano, o autarca critica os sucessivos adiamentos e o “centralismo de S. Martinho (de Bougado)”. “Agora com a nova estação vemos tudo requalificado, faz-se tudo e mais alguma coisa. Aqui, que estamos a falar de 300 metros, adia, adia e as pessoas começam a desesperar e interrogam-se se valeu a pena sermos concelho ou não”, asseverou.

A desilusão por não ver nada resolvido faz com que Carlos Martins apoie a anexação ao concelho da Maia, pois considera que “está no ADN político da Trofa que é tudo para S. Martinho”. “Se houver mesmo a reforma da Administração Local, o apelo que vou fazer é que a gente passe para as terras da Maia”, frisou.

E caso a obra não arranque este ano, Carlos Martins pondera deixar de participar na Assembleia Municipal: “Antigamente, a voz do Muro pouco se fazia sentir e agora também acontece o mesmo. Não faz sentido estar na Assembleia Municipal só para levantar o braço”.

A população também ameaça agir, afirmou o presidente da Junta: “Já houve pessoas que  pensaram fazer uma manifestação, porque acham que é a única forma para que isto se resolva e eu não discordo desse pensamento”.

Câmara espera por disponibilidade financeira para fazer a obra

Contactada pelo NT, Joana Lima, presidente da Câmara Municipal, afirmou que a autarquia “tem conhecimento do estado em que se encontra o piso” e que este “é um assunto prioritário pelo impacto direto que tem no dia a dia dos munícipes, que só ainda não foi solucionado devido apenas aos graves constrangimentos de ordem orçamental que assolam a Câmara”.

A edil relembrou que “a 13 de dezembro de 2010, com vista a melhorar as condições de circulação naquele troço, a Câmara Municipal desencadeou uma operação de reparação do piso tendo assim, de forma temporária, resolvido o problema”.

“Face aos problemas financeiros que a nossa autarquia atravessa não tem sido possível levar a cabo uma intervenção mais profunda naquela artéria mas estamos a desenvolver um projecto de execução para, de forma definitiva, resolver esta situação assim que tenhamos disponibilidade financeira. Até lá vamos proceder novamente à retificação do piso para minimizar os impactos negativos causados quer aos automobilistas quer aos moradores daquela área do nosso concelho”, explicou.

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