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Ano 2010

Trofa recebe espanhóis para prova de slotcar

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Clube Slotcar da Trofa recebeu 23 equipas que participaram na prova de 24 horas. Para além das espanholas, o evento contou ainda com várias equipas oriundas de vários pontos de Portugal.

Bem podiam ser máquinas de alta potência a correr num autódromo qualquer. Mas não. Os pequenos carros, à escala 1:32, saltaram das caixas e correram durante um dia inteiro, na prova de 24 horas organizada pelo Clube Slotcar da Trofa.

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No Colégio da Trofa, no sábado ao meio-dia, as 23 equipas afinavam os comandos e as miniaturas de quatro rodas que iriam percorrer as três pistas durante as 24 horas. Apesar do frio e da chuva, ninguém congelou e só mesmo o cansaço fazia parar os amantes do slotcar, que se juntavam nos cantos do pavilhão para poder descansar uns breves minutos.

Este ano, a equipa da Trofa conseguiu trazer para a competição equipas espanholas (duas da Catalunha, uma da Galiza, uma das Astúrias e outra da região de Castela e Leão) e outras portuguesas que vieram do sul e do centro para no norte fazer “o gosto ao dedo”. Os dois primeiros lugares da competição foram conquistados por participantes espanhóis.

Lluis Arias, um dos elementos da equipa Cric Crac Sport, que ficou em 1º lugar, mostrou-se satisfeito “pela forma como tudo foi organizado” e até elogiou os elementos da equipa trofense. “Estes rapazes da Trofa organizaram uma prova perfeita”. Quando questionado se pensam regressar a Portugal e à Trofa para repetir esta competição, Lluis Arias respondeu: “Não somente pensamos voltar, como também estamos a pensar colaborar com a Trofa para organizar um evento conjunto, tipo Campeonato Ibérico”.

 

 O 2º lugar do pódio foi ocupado pela equipa Aloy Tarragona Competició. Jose Fari assumiu o comando da entrevista e questionou os seus colegas: “Pol Garcia o que achaste da prova?”. A resposta foi pronta: “Foi uma prova muito difícil, deu muito trabalho esta 2ª posição e esperamos para o ano melhorar e tentar ganhar”.

Em 3º lugar classificou-se a GT Team/Art Slotcars de Braga e das equipas do Clube Slotcar da Trofa a número um foi a melhor classificada. Estar na organização e fazer a prova foi no mínimo “complicado” para Nuno Cruz, que este ano também vestiu a camisola e ficou com menos tempo “para dedicar à competição”. Mesmo assim, o 4º lugar “não é mau de todo”, tendo em conta as restantes equipas. “A presença destes nomes grandes quer dizer que confiam em nós, na nossa organização e isso dá-nos alento e vontade de continuar”, acrescentou.

E 24 horas depois, o balanço só podia ser “positivo”. “A competição foi renhida”, mas “a prova correu bem”, adiantou Mário Costa, presidente do Clube Slotcar da Trofa. Este ano a competição contou com participações especiais: “A presença das equipas espanholas é muito importante, porque são muito prestigiadas a nível internacional e a sua presença marca a diferença e a qualidade nesta prova”.

Para concretizar esta prova, o Slotcar teve ainda a ajuda de dois parceiros: A Câmara Municipal e o Colégio da Trofa. Joana Lima, edil trofense, deu os parabéns ao clube pela organização do evento: “É uma modalidade que não tem muitos aficionados, mas que tem, sem dúvida, uma expressão muito grande quer a nível nacional, quer a nível ibérico. Para a Trofa é um orgulho receber um evento deste género”. Já Américo Gomes, gerente do Colégio da Trofa, garantiu que este “é um colégio que pretende abrir as portas à comunidade” e aceitou o convite para receber esta prova. “Precisamos de contribuir para que os eventos na Trofa funcionem de uma forma positiva e para que o nosso nome seja divulgado além fronteiras”.

O Clube Slotcar da Trofa está agora a preparar uma parceria com as equipas espanholas para no futuro poder realizar na Trofa uma prova com mais “slotistas”, de diferentes países.

 

Slotcar é “precisão”

Para conhecer melhor a modalidade fomos falar com os especialistas. Nuno Cruz garante que o que distingue esta modalidade de outras é a “precisão”. “São 350 voltas por hora em média e quando aceleramos, todas as ‘gatilhadas’ no comando têm de ser certas. Para acelerar tem de ser exactamente na recta, porque se for mais tarde já não fazemos o tempo suficiente”, explicou.

E como é que os pilotos controlam os carros? Essa pergunta foi respondida por Miguel Veloso, também do Clube Slotcar da Trofa, que faz a montagem dos comandos utilizados nas competições. Dentro da carcaça do comando está “uma placa electrónica, onde são colocados os potenciómetros que têm quatro funcionalidades: o travão; sensibilidade de gatilho, o anti-spin (um derrapante do carro) e o controle de curva”. Todos estes botões são afinados nos testes, já nas competições “é só carregar no gatilho”. Os comandos são ligados às “caixas DS com corrente alternada” que é transferida para as calhas das pistas onde estão os carros.

E para quem ficou curioso em relação a esta modalidade pode tirar todas as dúvidas e ficar a conhecer melhor o Slotcar ao dirigir-se à sede do Clube, na Rua António Adão, em frente aos Bombeiros Voluntários da Trofa.

 

Os números da prova

3000 metros de cabos eléctricos

115 slotistas

24 horas em competição

23 equipas

3 pistas

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