Ano 2010
“A expressão ‘não docente’ faz-nos perder a identidade”
Sindicato dos Técnicos Superiores, Técnicos, Administrativos e Auxiliares de Educação da Zona Norte (STAAE-ZN) reuniu na Trofa para debater carreiras especiais. Secretário de Estado Adjunto e da Educação garantiu que “o importante é a educação”.
Técnicos superiores, técnicos, administrativos e auxiliares de educação da zona Norte estiveram na Trofa para debater a criação de carreiras especiais, de forma a aumentar a “qualidade na educação”. Carlos Guimarães, presidente do STAAE-ZN, garantiu que o objectivo do VIII Congresso realizado este fim-de-semana, no Salão Polivalente dos Bombeiros Voluntários da Trofa, era “alcançar um ensino de qualidade, com a criação de carreiras especiais” para os funcionários que trabalham nas escolas. “A expressão ‘não docente’ faz-nos perder a nossa identidade e neste congresso pretendemos que as pessoas que trabalhem nas escolas passem a ser denominadas técnicos superiores e assistentes da educação, que é mais adequado”, esclareceu. A criação de carreiras especiais permitiria a elaboração de “conteúdos especiais para esse pessoal”, que deve estar “preparado para lidar com os fenómenos da violência e da xenofobia que existem nas escolas”.
Alexandre Ventura, Secretário de Estado Adjunto e da Educação, que marcou presença na sessão de abertura do congresso, sublinhou que “o pessoal não docente nas escolas constitui um elemento fundamental para a qualidade da educação”. No entanto, ressalvou que “o governo está fundamentalmente apostado no desenvolvimento da qualidade da prestação do serviço educativo e as carreiras são todas especiais pela sua especificidade e pelo profissionalismo dos trabalhadores”. “Estamos, de uma forma muito clara, em busca dos aspectos comuns que proporcionem uma maior coerência e não tanto em demanda de especificidades relativamente à carreira propriamente dita. O importante é que cada um dê o seu contributo de forma mais qualificada e responsável possível”, atestou o governante.
Em representação da Câmara Municipal da Trofa, estiveram no congresso Joana Lima, presidente da autarquia, e Manuel Silva, assessor para a Educação, que garantiu que a presença deste sindicato na Trofa, “a discutir as questões da educação”, era “uma oportunidade e uma honra”. “Tenho muito respeito pelo movimento sindical. A história diz-nos que os sindicatos desempenharam o seu papel não só na luta pelos direitos dos seus membros, mas também para o próprio desenvolvimento social”, confessou.
O STAAE nasceu em 1989 com base na ideia de que estes são profissionais “imprescindíveis nas escolas”, sendo esta a primeira vez que promoveu um congresso na Trofa. No domingo, a sessão de encerramento ficou marcada pela actuação do Rancho Folclórico da Trofa, que se apresentou com um grupo renovado.
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