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6 anos de Histórias e Memórias

Somos Trofa, somos terra de futuro, somos terra de tradições e cultura, temos identidade, urge a sua “construção”, alimentar o nosso bairrismo que por vezes parece perdido no espectro do tempo, sem capacidade de retorno pelo menos a curto prazo sem ser nas proximidades das eleições.

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No mês de setembro de 2016, iniciava este novo projeto pessoal em que esperava contar a história da Trofa aos leitores do jornal “O Notícias da Trofa”.
Como poderá ver pelo início desta crónica, desta vez será diferente, em vez de mais uma crónica – que já ultrapassam a centena e meia! -, escrevo, sobretudo, para agradecer a todos aqueles que têm acompanhado este meu percurso profissional.
Comecei pelo turismo, passamos pelo desporto, a história do movimento associativo e operário, até mesmo a escola do ensino, uma panóplia de temas variados sobre o concelho da Trofa e não somente sobre a Trofa.
Agradeço todas as palavras de apoio, admiração e de incentivo, o alimento para a concretização desta produção historiográfica que é necessária, para a realização desta rubrica que se vai alongando no tempo.
Um percurso de aprendizagem para todos, mesmo para o autor que, nas suas pesquisas, vai estudando a história da localidade que o acolheu.
Urge num concelho recente que esteve refém de outros municípios (Maia e Santo Tirso) que pecou e peca pela falta de construção de uma identidade, uma identidade mais abrangente possível que não se centre apenas em vontades momentâneas, fruto dos quereres ou modas do momento.
A nossa cultura, identidade, é muito mais que os Santeiros de S. Mamede – sem lhes querer tirar o mérito mais do que justificado -, estende-se até S. Romão do Coronado na indústria das vassouras, onde fomos capital, indústria da metalomecânica, como outras freguesias deste pequeno, mas grande concelho.
Devemo-nos orgulhar de que transformarmos um lugar num concelho que foi e é referência nacional em várias áreas, alimentando diversos meios de produção e diferentes tipos de indústria.
Sendo igualmente motivo de orgulho que nada foi dado, mas sim, tudo conquistado, o que obviamente mostra a fibra, garra e também o rasgo de ousadia dos trofenses que não tiveram medo dos típicos fantasmas que bloqueiam o empreendedorismo e deram ser a esta terra.
Somos Trofa, somos terra de futuro, somos terra de tradições e cultura, temos identidade, urge a sua “construção”, alimentar o nosso bairrismo que por vezes parece perdido no espectro do tempo, sem capacidade de retorno pelo menos a curto prazo sem ser nas proximidades das eleições.

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