Fique ligado

Região

5.º Congresso Eucarístico Nacional – Braga 2024

Nos dias 31 de maio, 1 e 2 de junho realiza-se, em Braga, o 5.º Congresso Eucarístico Nacional, sob o lema “Partilhar o Pão, alimentar a Esperança”.

Avatar

Publicado

em

Nos dias 31 de maio, 1 e 2 de junho realiza-se, em Braga, o 5.º Congresso Eucarístico Nacional, sob o lema “Partilhar o Pão, alimentar a Esperança”. “Reconheceram-nO ao partir do Pão” (Lc.24,25).

No ano de 1924, a cidade de Braga acolheu, com grande júbilo e alegria, o 1.º Congresso Eucarístico Nacional. Para assinalar o centenário desta efeméride, a arquidiocese de Braga voltará a ser a anfitriã do evento, com características de nível nacional e que culminará com uma grande peregrinação ao Santuário do Sameiro.

Publicidade

 

A origem da realização dos Congressos Eucarísticos surgiu em França e nasceu através de um grande florescimento do culto da Eucaristia, por volta dos anos de 1875, vinculando-se ao contexto do jansemismo (que ensinava que a humanidade decaída não merecia receber a Eucaristia, sendo ela prémio dos perfeitos) e do ateísmo militante. A iniciativa dos “Congressos” teve como objectivo principal a renovação da piedade eucarística por meio do culto de adoração e da afirmação da presença real de Cristo na Eucaristia.

Publicidade

A Conferência Episcopal Portuguesa, em nota pastoral divulgada a propósito da realização deste evento, refere: “Toda a Igreja que peregrina em Portugal está convocada para este grande acontecimento eclesial que pretende reconhecer mais profundamente o mistério da eucaristia e prestar-lhe um culto público nos laços da caridade evangelizadora. No ano da Oração que estamos a viver, rumo ao Jubileu de 2025, podemos consolidar a arte de bem celebrar o silêncio, a escuta, o canto, a música, a adoração e o maravilhamento da Eucaristia na sua nobre simplicidade e beleza”.

O cardeal José Tolentino de Mendonça presidirá a este Congresso Eucarístico em representação e também como enviado especial do Papa Francisco.

Sacramento da Eucaristia

Em termos gerais, a Eucaristia é um sacramento e uma celebração da Igreja Católica, que lembra a Paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo. Por isso, se entende a Eucaristia como doação, entrega e “sacrifício visível” na qual se actualiza o sacrifício de Jesus Cristo na Cruz. No altar e na cruz, Ele (Jesus) é, ao mesmo tempo, sacerdote e vítima.

Mas Eucaristia é, também, Acção de Graças, Festa (comunhão); diz-se, também, que a Eucaristia tem um “valor infinito”, ou seja: enquanto cada oração tem um valor finito, porque é o homem que reza a Deus e se oferece a Ele, a Eucaristia (Missa) tem um valor infinito, porque é o próprio Deus que se oferece ao Pai. Portanto, se é Deus que se oferece na Missa, esta tem um valor infinito, porque Deus tem um valor infinito.

O sacramento da Eucaristia completa a iniciação cristã isto é, aqueles que receberam o Baptismo ou a Confirmação, e, portanto, são membros da Igreja, podem, por meio da Eucaristia ter participação no sacrifício de Jesus Cristo, juntamente com a comunidade dos fiéis.

História da solenidade do Corpo de Deus

A Solenidade litúrgica do Corpo e Sangue de Cristo, conhecida popularmente por “Corpo de Deus”, começou a ser celebrada há mais de sete séculos e meio, em 1256, na cidade belga de Liége, tendo sido alargada à igreja universal pelo papa Urbano IV através da bula “Transiturus”, em 1264, dotando-a de missa e ofício próprios. Em 1311 e 1317, foi novamente recomendada pelo Concílio de Vienne (França) e pelo papa João XXII, respectivamente. Nos primeiros séculos, a Eucaristia era adorada publicamente, mas só durante o tempo da missa e da comunhão… A conservação da “hóstia consagrada” fora prevista, originalmente, para levar a comunhão aos doentes e ausentes. Só mais tarde, na Idade Média, se regista, no Ocidente, um culto dirigido, mais deliberadamente à presença eucarística, dando maior relevo à adoração.

O Concílio de Trento, em meados do século XVI, viria a oficializar as procissões eucarísticas, como “acção de graças pelo dom supremo da Eucaristia” e como “manifestação pública de fé na presença real de Cristo na Hóstia Sagrada”. Segundo o mesmo concílio, este gesto (as procissões), além de manifestar publicamente a fé no Cristo Eucaristico, era uma forma de lutar contra a tese que negava “a presença real de Cristo na hóstia consagrada”.

Actualmente, a Igreja conserva a festa de “Corpus Christi” como momento único e devocional do Povo de Deus. O Código do Direito Canónico (onde estão contidas as normas da Igreja), confirma a validade das exposições públicas da Eucaristia e refere mesmo que, principalmente na solenidade do Corpo e Sangue de Cristo, haja procissão pelas vias públicas (Cf.cân.944).

ANTÓNIO COSTA

Publicidade

Edição Papel

Vê-nos no Tik Tok

Comer sem sair de casa?

Farmácia de serviço

arquivo

Pode ler também...