Crónicas e opinião
26.º Aniversário do concelho da Trofa
“Sabemos que há projetos muito caros em estudo. Mas de estudos estamos nós cansados. Precisamos de agir, de concretizar. De responder com rapidez e com investimentos uteis e sem a mania das grandezas que leva ao despesismo desnecessário.”
Estimad@ leitor, no próximo dia 19 de novembro celebramos o 26º aniversário do concelho da Trofa. Não tenho dúvidas em afirmar que esta é a data mais importante enquanto comunidade coletiva. O dia 19 de novembro de 1998 marcou um reinício da nossa história e a concretização de um sonho há muito desejado.
Fazendo a retrospetiva a estes 26 anos muitas foram as conquistas. Afirmo que a mais importante é a nossa autonomia. Somos donos do nosso futuro. Compete-nos decidir o que fazer. Para o bem e para o mal as decisões são tomadas pelos autarcas. Eu acredito que estas decisões devem ser tomadas envolvendo todos. A quem governa cabe decidir, mas primeiro deve envolver todos quanto sejam importantes. Eu defendo assim a governação na Trofa. Um presidente que saiba ouvir e que tome as melhores decisões, tal como defendi precisamente há um ano, no artigo que escrevi para abordar o 25.º aniversário.
Estimad@ leitor, um ano depois desse artigo, gostava que refletisse sobre aquilo que está diferente na Trofa. Há um ano atrás não tínhamos o traçado da variante à N14 na Trofa pronto para utilização. Foi através da ação de Pedro Nuno Santos, à data Ministro das Infraestruturas do Governo do PS, que a obra avançou e se concretizou. Esta obra está no terreno e comprova a sua utilidade. Mas é notório, que uma parte da freguesia de S. Martinho de Bougado, ficou prejudicada. Falo da zona envolvente da estação ferroviária da Trofa, que acumula hoje muito mais trânsito e muitos mais veículos pesados. E não foi por falta de alertas do PS Trofa.
Sempre defendemos que a nova travessia do Ave não deveria ser nesta zona, mas sim mais perto do nó da A3, a nascente. Infelizmente, a coligação Unidos pela Trofa não quis saber dos constantes alertas. Agora dizem que é preciso desviar para nascente. Não é agora. Devia ter sido quando definiram o traçado, sob pena de terem prejudicado irremediavelmente uma zona com muita população. Mas se retirarmos a variante, obra do Governo do PS, ficamos pela requalificação do centro de Alvarelhos, que como bem sabemos tem dado muitos desgostos e constrangimentos, não só aos Alvarelhenses, mas a todos os Trofenses que trabalham ou precisam de ir a Alvarelhos. Além dessa, temos a intervenção entre a Rua Professor Mário Padrão e a Avenida de Mosteirô. Temos uma das artérias que liga o centro do Concelho à freguesia de Covelas e ao Coronado cortada ao trânsito há meses, sem que dali se vislumbre o fim. A isso acrescem os trabalhos complementares, vulgarmente denominados como derrapagens, que já totaliza cerca de 370 mil €.
Tivemos o lançamento da obra da Escola EB 2/3 e Secundária de São Romão, onde salta à vista um planeamento atabalhoado. Os alunos mal têm espaço para conviver nos intervalos, e quando chove, como tem sido o caso, acabam por ter que passar muito do seu tempo na sala de aula. Não são estas as condições desejáveis para os nossos alunos. E em termos de dimensão/investimento diria que ficamos por aqui.
Analisando o desenvolvimento destes últimos anos, parece-me muito pouco. Andamos a arrastar os pés.
Por isso estimad@ leitor, convoco-o para uma reflexão conjunta. Um ano depois dos 25 anos do nosso concelho continuamos a não ter resposta para a habitação. A estratégia local de habitação da Trofa falhou redondamente. Não há construção. Há sim um concelho onde é cada vez mais caro comprar ou arrendar. Não há novos equipamentos para a prática desportiva nem culturais.
Sabemos que há projetos muito caros em estudo. Mas de estudos estamos nós cansados. Precisamos de agir, de concretizar. De responder com rapidez e com investimentos uteis e sem a mania das grandezas que leva ao despesismo desnecessário. Até na justiça, com a reforma do mapa judicial em curso, a Trofa tem que se posicionar de forma a servir melhor a população e os seus empresários. Conseguir o Juízo de Comércio e o Tribunal de Família e Menores, seriam dois sinais inequívocos da nossa ambição de servir melhor a comunidade. Eu defendo essa ambição.
E o que dizer da rede viária e da requalificação dos lugares das freguesias mais danificados? Há mais de 3 anos que este Executivo responde ao PS Trofa dizendo que em breve teremos as requalificações e intervenções na rua. Não me recordo de ver a Trofa tão abandonada e descuidada.
Estimad@ leitor, a Trofa não pode perder mais tempo. Celebremos os 26 anos com alegria, ambição, compromisso e confiança num futuro melhor.
Viva a Trofa!
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