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25 anos de autonomia. O Futuro passa por aqui? (Parte 1)

A questão que se coloca, com a realidade que os nossos olhos permitem alcançar e aquilo que os projetos permitem imaginar, é simples: o futuro passa ou não pela Trofa?

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Muito se tem apregoado nos últimos anos que o futuro passa por aqui. Uns dizem que a expressão é um cliché, outros acreditam e muitos são os que continuam desconfiados. A questão que se coloca, com a realidade que os nossos olhos permitem alcançar e aquilo que os projetos permitem imaginar, é simples: o futuro passa ou não pela Trofa?

O concelho da Trofa celebra este ano os seus 25 anos de autonomia administrativa. Composto por 8 freguesias, mesmo que a Lei Relvas tenha tentado desvirtuar a nossa organização administrativa, os costumes e tradições mantém-se intactos. A Trofa é um dos concelhos mais jovens de Portugal, e por isso enfrentou desde 1998 desafios constantes.

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Olhando para estes 25 anos muitas foram as conquistas. Diria que a mais importante e mais valorizada por todos, independentemente de preferências partidárias, foi a nossa autonomia. Somos donos e senhores do nosso futuro. Cabe-nos decidir o que fazer. Para o bem e para o mal. Era importante que essas decisões fossem tomadas envolvendo todos. A quem governa cabe decidir depois de ouvir. Eu idealizo assim a governação da Trofa!

A poucos meses de completarmos 25 anos percebemos que muito já foi erguido. Na Trofa, tanto a rede de saneamento como de abastecimento de água apresentam uma taxa de cobertura muito elevada. O trabalho está completo? Não! O que é necessário concretizar? Completar a rede e baixar o preço que se paga. A política de recolha e tratamento de lixo é ideal? Acredito que podíamos ter outra solução, seguindo o exemplo da Maia, com a recolha seletiva, responsabilizando e sensibilizando a população para as preocupações ambientais.

No que às vias de comunicação terrestres diz respeito que balanço podemos fazer? Temos no terreno uma obra fundamental para o desenvolvimento de toda a região. Obra desejada há décadas, é pela mão do Governo do PS que a Variante à N14 cresce a olhos vistos. Se a solução é a ideal? Não. No PS Trofa mantemos a opinião. Não andamos ao sabor do momento.

Defendíamos, e defendemos, que o traçado não “desaguasse” no centro da Trofa, junto ao interface rodoferroviário, criando sérios constrangimentos numa zona de lazer e de grande densidade populacional. Preferíamos uma ligação ao nó da A3 com a travessia sobre o Rio Ave a ser feito próximo dessa localização. Defendemos também a criação de uma saída na freguesia de Covelas, aumentando assim o potencial de crescimento e atração industrial da mesma.

Em relação ao metro, o que falta? Os intervenientes já se pronunciaram dando finalmente luz verde para a obra. Falta escolher o traçado final, na sede do concelho, por parte da Câmara Municipal. O PS Trofa também já expôs a sua posição: somos favoráveis a que o traçado passe pelo centro de São Martinho de Bougado, para assim servir o maior número de pessoas. Não queremos estar daqui a uns anos a ser conhecidos pelo Concelho que desaproveitou esta oportunidade. E quanto à rede de transportes públicos, como estamos? Temos comboio. O metro aguarda apenas a escolha do traçado por parte da Câmara Municipal. Mas falta-nos uma rede de autocarros eficaz. Que ligue as freguesias entre si, que as ligue à sede do concelho, onde se encontram os serviços. Como vamos garantir aos Trofenses o acesso ao novo centro de saúde em Santiago sem uma rede que contemple paragens com grande frequência?

E quanto à rede viária? É aceitável que continuemos a ter estradas nacionais em tão mau estado? Não é! Se no passado tanto se criticou, agora que vivemos muito desafogados financeiramente não nos podemos desleixar e continuar a ver a degradação diante dos nossos olhos. Trata-se em primeiro lugar da nossa segurança. Tal como a rede de passeios. Faltam construir dezenas de quilómetros pelo concelho todo. Urge fazer!

Na área da saúde como estamos 25 anos depois? Com um novo centro de saúde, mais uma obra de um Governo do PS, com atraso, todos sabemos. Mas chegou para servir a população e criar melhores condições, quer para a prestação de cuidados por parte dos profissionais de saúde – muito valiosos e fundamentais – quer para os utentes. A rede é assegurada igualmente em Alvarelhos, São Martinho e São Romão. Temos também o Hospital da Trofa, um grande grupo privado liderado por Trofenses, inaugurado em 1999, que complementa a resposta dada pelo SNS através do CHMA.

Na próxima edição terminarei o artigo elencando outras áreas determinantes para que o futuro passe mesmo por aqui!

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