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Edição 590

2.º melhor português na Maratona de Berlim é de Guidões

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As expectativas para a prestação na Maratona de Berlim, que aconteceu no dia 25 de setembro, eram “bastante elevadas”, uma vez que Bruno Ferreira preparou-se durante “três meses”, percorrendo “muitas centenas quilómetros”.
Na prova, tudo corria bem até aos 34 quilómetros, momento em que o atleta quebrou fisicamente. “Inicialmente, corria tudo de feição, com passagens dentro do planeado e a sentir-me confortável, 34 minutos aos dez quilómetros, uma hora e 12 minutos à meia maratona e uma hora e 42 minutos aos 30 quilómetros, que me levava para a marca que tinha idealizado, que se situava nas duas horas e 24 minutos no final. Só que, a partir do quilómetro 34, as sensações começaram a não ser as melhores e os últimos dois quilómetros foram de puro sofrimento, o que hipotecou por completo a marca pretendida”, contou em declarações ao NT.
O atleta terminou a prova com duas horas e 33 minutos, sendo o segundo português a cortar a meta e conquistando o 117.º lugar na classificação geral. “O resultado não me deixa totalmente satisfeito, porque estava muito bem preparado, mas aqueles últimos quilómetros hipotecaram a possibilidade de, por um lado, ser o melhor português, pois levava cerca de dois minutos de vantagem sobre ele ao quilómetro e, por outra, a entrada no top 50”, relatou.
Bruno Ferreira iniciou-se no atletismo aos 13 anos no Ginásio da Trofa, coletividade que representou até ao escalão de júnior. Mudou-se para o Maia Atlético Clube, conseguindo ser um dos pré-selecionados para o Europeu de Corta-Mato de sub-23, mas “um problema de saúde” retirou-lhe a possibilidade de representar as cores lusas. “Esse mesmo problema, rabdomiólise, obrigou-me a abandonar a modalidade”, contou o atleta, que não se deu por vencido e regressou seis anos mais tarde. O regresso não foi fácil e ficou marcado por “algumas lesões complicadas, próprias de quem esteve sem treinar”, mas, aos poucos, os resultados “foram surgindo”. Atualmente, representa o São João da Serra, associação de Vila Nova de Gaia, pela qual se sagrou campeão regional de estrada, corta-mato curto e longo.
As ambições para o futuro são contidas, uma vez que Bruno Ferreira tem de “conciliar um trabalho exigente em termos de horário, com a família e os treinos”. “Os objetivos vão passar pelas longas distâncias e por novos desafios, pois é aí que me sinto realizado”, concluiu.

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