Edição 538
1890 alunos no Agrupamento do Coronado e Castro
Oitenta e quatro turmas do Agrupamento de Escolas do Coronado e Castro começam as aulas na próxima segunda-feira. São 1890 os alunos, do pré-escolar ao Ensino Secundário, que começam um novo ano letivo nas escolas espalhadas pelas freguesias do Coronado, Muro, Covelas e Alvarelhos e Guidões.
O número de estudantes no Agrupamento sofreu um decréscimo – em 2012/2013 havia 2100 alunos – como consequência do índice de natalidade, reflexo do que se passa um pouco por todo o país. Também por este facto se explica a existência de “alguns casos” de turmas mistas, explicou Renato Carneiro, diretor do Agrupamento. “Tem a ver com diminuição de alunos, mas são casos pontuais. Por exemplo, em Portela, há uma turma de 15 alunos no 4.º ano, na qual se incluiu dois alunos que ficaram retidos no 3.º ano. Assim, acompanham os colegas e têm o mesmo professor, tendo apenas que repetir os conteúdos letivos. Já em Vila, há 12 alunos no 4.º ano e oito no 1.º. Tiveram que se juntar as turmas, porque o Ministério da Educação nunca aprovaria as turmas isoladas”, explicou.
Por outro lado, ao contrário do que se passou no ano letivo transato, não houve encerramento de escolas nem “está previsto” num “futuro próximo”, segundo conseguiu apurar Renato Carneiro.
Relativamente às infraestruturas, houve apenas necessidade de se proceder a “alguns arranjos” da iniciativa das associações de pais, que têm tido um papel “interventivo”, elogiou o diretor do Agrupamento.
Na Escola Básica e Secundária do Coronado e Castro, em S. Romão, uma das principais alterações implementadas pela direção foi nos horários das turmas, replicando o modelo já aplicado na Escola Básica 2/3 de Alvarelhos. “As turmas estão com horário preferencialmente na manhã e com saída às 17 horas, salvo algumas exceções. Com esta mudança os alunos saem mais cedo e têm mais tempo para estar em casa, fazer os trabalhos de casa com calma e ainda aproveitar o serão com a família. Por outro lado, há redução do consumo de energia e a nível interno, as reuniões podem ser feitas a partir das 17 horas”, explicou. A desvantagem reside “na colocação de turmas a ter educação física de manhã para libertar salas”.
Esta escola continua a ter Ensino Secundário, com turmas no 10.º e no 11.º ano. “Não temos turma de 12.º ano, porque no ano da junção dos agrupamentos não conseguiram formar turma no 10.º ano e, por isso, essa brecha existe agora”, explicou.
Mesmo assim, ainda há muitos jovens que, depois do ensino básico, preferem matricular-se fora do concelho, principalmente na Maia. Renato Carneiro entende que esta prática está “enraizada” na população daquela zona do concelho. “Nós, escolas, provavelmente não estamos a dar a resposta que é necessária, por vários motivos, ou por falta de capacidade ou falta de alunos para abrir outras áreas. Teríamos de ir buscar alunos fora para ter essa capacidade de atrair, mas a nossa prioridade é dar resposta aos nossos jovens. Sabendo que existia um conjunto de alunos que ia para a Maia e havendo preocupação dos diversos executivos camarários, procurou-se esta alternativa de abrir o Ensino Secundário e Vocacional. A escola está a tentar dar essa resposta na medida do possível”, sustentou.
Quanto ao processo de delegação de competências que deu mais autonomia de gestão aos agrupamentos, contribuiu para “uma resposta mais eficaz”. Renato Carneiro considera que, “apesar da sobrecarga de trabalho, os agrupamentos conseguem diligenciar atempadamente e resolver melhor os problemas”.
Contratos Emprego Inserção “não são a solução ideal”
Os professores “estão colocados” e estão “praticamente asseguradas” as necessidades no que diz respeito ao pessoal auxiliar, apesar de, neste aspeto, a solução “possível” não ser “a ideal”. “Estamos a recorrer aos Contratos Emprego Inserção, é uma situação anómala, porque defendemos que quem deve ocupar essa função deve ser habilitado e com experiência, mas atendendo às condições, estão praticamente asseguradas todas as necessidades”, sublinhou.
As refeições escolares nas escolas do pré-escolar e 1.º ciclo “preocupam” o diretor do Agrupamento, uma vez que no ano passado “houve queixas” relativas “à falta de pessoal”. “Pelo que percebi, a autarquia ficou aprisionada a um contrato que vinha de trás e impossibilitada de atuar. As empresas tentam reduzir ao máximo o número de funcionários e o que aconteceu foi que os funcionários da Câmara tinham de acudir à hora de almoço. É uma questão que me preocupa, porque é a qualidade das refeições e do serviço às crianças que está em causa”, asseverou.
A entrega dos livros escolares aos meninos com escalão social será feita nos mesmos moldes do ano letivo anterior. Renato Carneiro referiu que os concursos foram abertos “atempadamente” e que, agora, a chegada dos livros a tempo do início das aulas “depende da capacidade dos livreiros”.
Ano letivo começa segunda-feira
O ano letivo começa na próxima segunda-feira, 21 de setembro, em todas as escolas do concelho da Trofa. São cerca de 4800 as crianças e jovens que vão entrar na rotina escolar, nos dois agrupamentos existentes.
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